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‘Tem que mudar a política de saúde do DF urgente, nós estamos mexendo com pessoas, com vidas humanas’, diz distrital Ricardo Vale

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A situação da saúde pública do Distrito Federal tem ganhado novos ares nos últimos meses. Depois que vários casos de pacientes que não conseguem ser atendidos e até mesmo mortes causadas por falta de atendimento em hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), os deputados distritais começaram a levantar o debate em plenário. A última iniciativa ocorreu nesta terça-feira (28) quando seis deputados, entre eles, o distrital Ricardo Vale (PT), protocolaram na Casa um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a gestão da saúde pública na capital federal.

Em entrevista ao TaguaCei, Vale disse que o assunto é sério e precisa de uma resposta urgente por parte do governo local. Segundo ele, é inadmissível que pessoas estejam sem atendimento e até mesmo indo a óbito por falta de atendimento médico.

“A situação da saúde pública é muito difícil, vocês estão acompanhando as pessoas. Para marcar uma consulta de cirurgia é um grande problema, temos casos de morte de crianças, e a Secretaria de Saúde não consegue explicar para nós o que está acontecendo. Eles dizem que a demanda aumentou, que eles não têm profissionais suficientes para suprir essa demanda”, diz. “É preciso contratar, precisa fazer alguma coisa, precisa mudar a gestão, precisa impedir que as pessoas fiquem doentes”, completa Vale.

O distrital fez tal afirmação dentro do plenário da Câmara Legislativa do DF que na ocasião tinha suas galerias tomadas por Agentes Comunitários de Saúde (ACS) que foram até à Casa para cobrar melhores condições de trabalho. “Hoje, infelizmente a nossa saúde passa por um momento muito difícil, a nossa saúde pública, os ACS são parte importante, esses servidores da saúde precisam ser mais bem remunerados, pois é uma luta antiga”, disse o distrital.

Vale ressaltou ainda que a valorização dos ACS, doenças como dengue, por exemplo, que se tornou uma epidemia na capital federal este ano, poderiam ser evitadas ou ter o número de pessoas contaminadas reduzido, caso essa valorização tivesse sido realizada pelo governo. “Inclusive para essas doenças sazonais, talvez se eles fossem mais valorizados, e o governo tivesse um cuidado maior com essa questão das doenças sazonais, como é a dengue, a gente não teria tido tantos casos no Distrito Federal. Então, é um momento importante para discutirmos sobre isso”, ressalta Vale.

A falta de gestão na área da saúde é um dos grandes problemas que o governo de Ibaneis Rocha (MDB) enfrenta atualmente, segundo Ricardo Vale. Em sua opinião, as pessoas não podem ficar sem atendimento médico e também não podem conviver com doenças que seriam facilmente combatidas se houvesse uma estratégia de erradicação ou diminuição de casos.

“Precisa contratar, precisa fazer alguma coisa, precisa mudar a gestão, precisa impedir que as pessoas fiquem doentes, parece que deixam as pessoas adoecer, pegar dengue, pegar outras viroses, pegar doenças respiratórias, para depois cuidar, sendo que é mais fácil fazer prevenção, fazer política de prevenção, de vacinação, de orientação das pessoas”, diz o distrital.

O grande desafio que os deputados distritais tem encontrado com relação à gestão da saúde pública no DF, diz Vale, é que o governo não dá uma resposta pertinente aos problemas apresentados. Segundo Vale, como em todo o país, a qualidade do serviço público de saúde não será resolvida do dia para a noite, mas medidas precisam ser tomadas dentro de um planejamento para que, ao menos, a situação seja amenizada.

“Não apresentaram o que que vai ser feito a médio e longo prazo, porque a curto prazo eu sei que não tem muita coisa a se fazer. Então, tem que mudar a política de saúde do DF urgente, nós estamos mexendo com pessoas, com vidas humanas”, afirma.

O distrital ressaltou ainda que é função de cada parlamentar acompanhar as ações do governo. Por isso, ele informou que irá acompanhar de perto os casos em que houver negligencia por parte do poder público e que irá cobrar do governo mais iniciativas no sentido de normalizar a saúde pública, uma vez que os repasses federais, que são oriundos do Fundo Constitucional, estão ocorrendo normalmente.

“O governo tem que contratar médicos, porque o governo federal está repassando a verba, pois 70% dos recursos da saúde é do governo federal e só 30% são governo do Distrito Federal. O próprio governo do DF reconhece que tem aumentado cada vez mais os investimentos em saúde no distrito federal. Ora, como é que aumenta os investimentos e piora o atendimento? Então, tem algo muito errado aí e é preciso que o governo corrija isso e nós como fiscalizadores, como deputados, vamos fiscalizar o governo, vamos cobrar medidas urgentes para que a Secretaria de Saúde possa minimizar, ou até mesmo acabar com esse sofrimento da população que precisa da saúde pública”, afirma o distrital.

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