Deputados elogiam iniciativa do governo de lançar Plano Safra da Agricultura Familiar com R$ 71,6 bilhões destinados ao Pronaf
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta quinta-feira (28), em cerimônia no Palácio do Planalto, o Plano Safra da Agricultura Familiar 2023/2024. Com R$ 71,6 bilhões destinados ao crédito rural no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O valor é 34% superior ao anunciado na safra passada e o maior da série histórica.
“Queremos aproveitar esse ciclo, essa janela que se abriu para a agroecologia, para produção de alimentos saudáveis, mas também de uma agricultura regenerativa, restaurativa que recupere as nascentes de água, as matas ciliares, que possa recuperar as Áreas de Proteção Ambiental”, disse Lula. “Nós vamos fazer um grande programa de florestas produtivas e agroflorestas na região amazônica e de reflorestamento no nosso país. É por isso que tem a criação da nova faixa do Pronaf Custeio para a produção da sociobiodiversidade, orgânicos e agroecológicos”, garantiu.
Nossa reportagem, que acompanhou o evento, conversou com alguns deputados para saber o que eles acharam do lançamento e se tal montante destinado é suficiente para o segmento da pequena e média agricultura.
Entre os entrevistados está o deputado Helder Salomão (PT-ES) que falou sobre o momento em que o país está vivendo e destacou a importância de se fortalecer a produção de alimentos saudáveis e de baixo custo para a população, já que, conforme ele fez questão de salientar, o país novamente entrou no Mapa da Fome.
“O Brasil tinha saído do Mapa da Fome, com os governos Lula e Dilma. Voltou com o governo passado, um governo que virou as costas para o povo brasileiro, que virou as costas para agricultura familiar e que agora (o governo Lula) recoloca o país nos trilhos apoiando o povo brasileiro que mora no campo e na cidade”, diz.
Para Salomão, o retorno de Lula para a Presidência contribui para que possa haver “combate à fome” e a apoiar os produtores rurais a produzirem “alimentação saudável”, uma vez que a agricultura movimenta toda uma cadeia. “É geração de emprego, renda, dignidade e cidadania para o nosso povo. Com isso, atraímos investimentos externos e ampliamos a nossa relação com países importantes”, ressalta. “Com Lula o Brasil voltou e voltou para ser mais feliz.”
Na mesma toada vai o deputado Bohn Gass (PT-RS) que disse ver o Plano Safra da Agricultura Familiar como um “estímulo” à produção no campo, às cooperativas, às mulheres trabalhadoras rurais. “Isso vai promover a produção de comida com qualidade, comida sem veneno. É o maior programa para agricultura familiar deste país”, afirmou o deputado.
Ele explicou que o cenário político do país vai em breve dar resultados na economia, uma vez que o presidente Lula tem tido bons resultados tanto no âmbito nacional quanto político. “A geopolítica mundial, abre mercados e ao mesmo tempo cria programa sociais para o nosso povo”, explica Bohn Gass.
Por fim, o deputado diz acreditar que o retorno do governo de Lula é a demonstração de que a “democracia voltou”. “Porque na ditadura, no fascismo da extrema direita, os diferentes são eliminados. Já na democracia, os diferentes convivem, convivem democraticamente”, diz.
Entre as medidas anunciadas pelo presidente nesta quinta-feira está a redução da taxa de juros, de 5% ao ano para 4% ao ano, para quem produzir alimentos, como arroz, feijão, mandioca, tomate, leite, ovos, entre outros. O objetivo do governo é contribuir com a segurança alimentar do país, ao estimular a produção de alimentos essenciais para as famílias brasileiras.
“Temos que comemorar e trabalharmos muito para devolver o Brasil e dar ao povo brasileiro a dignidade que ele merece. E a agricultura familiar é central no projeto de desenvolvimento nacional”, diz o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-PI). “Isso é implementar uma política pública que é de Estado e tem apoio do presidente da República.”
Guimarães também avalia que o “Brasil voltou” e que as primeiras ações do governo, muitas delas voltada para as pessoas de baixa renda, já apontam para um crescimento econômico que deve ser obtido já nos próximos anos. “Tudo isso tem muito impacto na agenda internacional que o Lula está fazendo. Isso é possível pela habilidade que ele tem, pela capacidade de diálogo. O Brasil voltou, e voltou para cuidar bem do povo brasileiro”, afirma Guimarães.
Outro que falou com nossa reportagem foi o deputado Pedro Uczai (PT-SC). Para ele, o governo Lula será caracterizado com por ser uma gestão que terá um enfoque maior nas questões sociais e por ver que o país não pode ser governado para uma elite, para, segundo ele, não ser “um governo de amigos”.
“Agora vamos cuidar do crédito da agricultura familiar. Produzir alimento para o mundo e produzir alimento para o povo brasileiro. Esse é o futuro. Investir no Brasil porque o Brasil voltou a ter esperança. Estamos reconstruindo esse país”, afirmou o deputado.