Políticos veteranos do DF devem buscar uma cadeira no Congresso
No Distrito Federal, conversas esquentaram e partidos e prováveis concorrentes estão se reunindo para debater as possibilidades. No quebra-cabeças que começa a se desenhar agora, chama a atenção a disputa para as oito vagas de deputado federal pelo DF, que estão no radar de diversos nomes.
A corrida por uma cadeira na Câmara dos Deputados será pesada, na avaliação tanto de figuras da política quanto na de analistas do cenário. O número grande de nomes consagrados e indefinições nas regras eleitorais, até agora, são fatores que contribuirão para uma batalha acirrada nas urnas no próximo ano.
Ao menos, quatro políticos fortes da capital federal que disputaram o Palácio do Buriti em 2018 devem buscar uma vaga na Câmara. As candidaturas de Rodrigo Rollemberg (PSB), Alberto Fraga (DEM), Rogério Rosso (PSD) e Eliana Pedrosa são dadas como certas por interlocutores. Os quatro foram bem votados e têm histórico de peso.
Ainda sem partido depois de deixar o Pros, Eliana Pedrosa, que chegou a liderar as pesquisas para o Governo do Distrito Federal (GDF), em 2018, por quase todo o primeiro turno, articula com o PDT para integrar a legenda. As conversas estão avançadas, e o nome dela tem boa aceitação na sigla.
Na avaliação do cientista político André Rosa, o quadro que se desenha aponta para um pleito com muitos consagrados e pouca renovação. “Será uma eleição disputada, e a presença de tantos nomes fortes para concorrer a oito vagas acaba dificultando a entrada de outras figuras. Mesmo que haja trocas, é uma circulação de elites de nomes que sempre estiveram ali”, explica.
Se em 2018 a busca por pessoas de fora da política foi uma das tônicas para o voto, o clima para o ano que vem é diferente, avalia Rosa. “A ideia do outsider foi muito forte na eleição anterior, mas isso mostrou também que político inexperiente pode trazer mais prejuízos do que benefícios. Agora, começa a se discutir a experiência na política, e isso vai influenciar no comportamento do eleitor”, argumenta.
Reeleição
Boa parte dos nomes que estão na Câmara dos Deputados deve disputar a reeleição, o que contribui para embolar o jogo. Com mais holofotes nos últimos quatro anos e mandatos nas mãos, eles rivalizam com políticos que estavam fora na briga pelo eleitorado. Professor Israel (PV), Luis Miranda (DEM), Julio Cesar (Republicanos) e Celina Leão (PP) são cotados para tentar se manter no cargo. Israel deve trocar o PV pelo Solidariedade.
Eleita com maior número de votos e, hoje, licenciada para ocupar a chefia da Secretaria de Governo no Planalto, a ministra Flávia Arruda (PL) deve se lançar ao Senado. Ela é cotada, também, para a disputa pelo GDF, mas, por enquanto, mantém alinhamento com o governador Ibaneis Rocha (MDB). O suplente dela, Laerte Bessa (PL), tentará cadeira na Câmara. Entre os ministros de Bolsonaro, Anderson Torres (PSL), atual comandante da pasta da Justiça e da Segurança Pública, também pode se colocar nessa disputa.
Erika Kokay (PT), Paula Belmonte (Cidadania) e Bia Kicis (PSL) são outros nomes ventilados para o Senado, mas, segundo interlocutores, é cedo para para cravar a tentativa de mudança. As três podem, portanto, decidir tentar a reeleição.
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