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Coletivos de cultura farão mapeamento artístico de regiões do DF

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Por meio de edital público aberto pelo deputado distrital Fábio Felix (Psol), quatro coletivos do DF se uniram para realizar um mapeamento artístico de suas respectivas regiões. Eles vão traçar os perfis culturais de suas áreas, tanto os de seus produtores e gestores culturais como também seus espaços físicos. Esses levantamentos têm como objetivo fortalecer as comunidades locais por meio de políticas públicas que sejam mais incisivas em suas regiões.

Os projetos contam com quatro coletivos de diferentes regiões do DF. São eles o Território Cultural Paranoá, que atua também no Itapoã e realiza o mapeamento de agentes culturais, de modo que a organização dessas informações ajude a divulgar seus trabalhos e viabilizar novos campos de atuação profissional. A Coletiva Pretinhas desenvolve ações nas regiões de Samambaia e Ceilândia, onde promove ações de afro-afeto, de autocuidado, das rodas de conversa e de vivências destinadas a mulheres negras em toda sua diversidade.

A Associação Lésbica Feminista — Coturno de Vênus, que tem como principais atividades o mapeamento do conhecimento sobre a Lei Maria da Penha no DF, com ênfase na violência lesbofóbica e oficinas de formação para divulgar o conhecimento sobre a LMP em várias regiões do DF. E, por fim, a Associação dos Amigos do Centro Histórico de Planaltina, que atua, principalmente, no levantamento de patrimônios históricos locais, onde encontram, identificam, reconhecem e registram as referências culturais existentes em Planaltina.

Jackeline Silva, uma das mulheres por trás do Coletivo Pretinhas, explica a importância e quais os benefícios do projeto para a comunidade cultural do DF, principalmente em regiões mais distantes do Plano Piloto. “Para nós, é fundamental mostrar que existe uma diversidade de grupos coletivos e de narrativas sobre a negritude, sobre pessoas pretas, especialmente mulheres produzindo arte e cultura nos seus territórios. Então, quando propomos esse mapeamento e damos visibilidade, é nesse sentido, de identificar de reconhecer e valorizar. Acredito que o maior benefício seja trazer para junto de nós essas e esses artistas que produzem, realizam, executam e vivenciam inúmeros desafios, mas que não têm essa mesma visibilidade que outros conseguiram conquistar.”

Ou seja, a visibilidade que o projeto traz também conta muito para gestores culturais no DF que não têm uma plataforma definida para serem vistos. Por isso, a importância de traçar e levantar esses perfis, para que sejam planejadas e instituídas políticas públicas que deem suporte e relevância para todos os produtores, gestores e artistas, independentemente de suas posições na cadeia produtiva cultural do DF.
O projeto tem como realizadores a Associação Artística Mapati, com o apoio do Instituto Macondo e fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.

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Jornalista

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