Dengue: DF é um dos locais de maior preocupação, diz ministra da Saúde
Na avaliação da ministra da Saúde, Nísia Trindade, o Distrito Federal é uma das regiões de maior preocupação diante da onda de casos de dengue. Para a ministra, a vacina será importante contra a doença, mas a prioridade no momento é controle dos focos do mosquito, e o cuidado com os pacientes.
Nísia fez a avaliação durante visita à tenda de acolhimento e atendimento para casos suspeitos de dengue em Ceilândia, nesta quarta-feira (31/01). A secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, acompanhou a vistoria.
“A avaliação nacional, conforme nós já falamos, é de uma concentração de casos agora, com grande aumento nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. O DF como é de conhecimento de todos, está numa situação de estado de emergência, assim como Minas Gerais, assim como o Acre. Então, são os pontos de maior preocupação, no sentido do cuidado com as pessoas”, afirmou a ministra.
Segundo Nísia Trindade, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem condições de cuidar dos pacientes e evitar o agravamento dos quadros e mortes por dengue. Para a ministra, a preocupação central do momento é ter uma rede de acolhimento, com tendas, por exemplo, e a orientação da população. O DF continua a fazer parte do grupo de prioridade para o recebimento das vacinas.
De acordo com a ministra, o Brasil terá 6 milhões de doses em 2024. “Por enquanto recebemos 750 mil doses”, contou. O Ministério da Saúde ainda não definiu o número de doses que chegará no primeiro lote. Inicialmente, o imunizante será oferecido para o público entre 10 e 14 anos. No DF, vivem 194 mil crianças e adolescentes nestas faixas etárias. As bulas estarão disponíveis em formato eletrônico nos pontos de vacinação. E a pasta pretende começar o treinamento das equipes para a aplicação do imunizante, em duas doses.
Outras medidas
Apesar da importância e da esperança da vacinação, a ministra enfatizou que neste momento a vacina não é a medida mais importante no combate contra a dengue. De acordo com ela, a preocupação agora deve ser no controle dos focos do mosquito. “Que estão majoritariamente nas casas, 75%”, alertou.
“A vacina é o nosso instrumento de esperança, em relação a um problema de saúde pública que tem quase 40 anos. Finalmente temos vacina. Temos que celebrar. Mas a vacina no quantitativo que o laboratório hoje pode nos entregar, sendo uma vacina de duas doses, numa situação como vivemos hoje, no DF e outros municípios, ela não pode ser apontada como solução. Se o Ministério da Saúde fizesse isso hoje, ele estaria errado”, afirmou.
Pelo diagnóstico da ministra, o momento exige o controle dos focos e cuidado com quem adoece com dengue. “A vacina é um instrumento. Não é único. E não é o de maior impacto neste momento”, frisou.
Do ponto de vista da ministra, devido às mudanças climáticas, não é possível prever quando a dengue atingirá o seu pico no Brasil. “O importante neste momento é o monitoramento diário junto com as secretárias estaduais e municipais de Saúde”, ressaltou. O tema será debatido no Conselho Secretários Estaduais e Municipais de Saúde. “É uma situação de preocupação, mas como eu digo, desigual no país”, completou.
Com informações da Agência Brasília
Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.
Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.