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Governo nega envolvimento com ataque hacker da Abin ao Paraguai

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Em nota assinada pelo Itamaraty, o governo Lula afirmou que a invasão de computadores de autoridades paraguaias foi autorizada pela gestão de Bolsonaro, e cancelada assim que descoberta

O governo federal negou nesta segunda-feira (31/3) ter envolvimento com uma ação hacker da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contra autoridades do Paraguai para obter informações sigilosas sobre a negociação de tarifas da hidrelétrica de Itaipu, administrada pelos dois países.

Em nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), o governo afirmou que a operação foi autorizada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2022, e cancelada em 2023 assim que a atual gestão tomou conhecimento da invasão.

“O governo do presidente Lula desmente categoricamente qualquer envolvimento em ação de inteligência, noticiada hoje, contra o Paraguai, país membro do Mercosul com o qual o Brasil mantém relações históricas e uma estreita parceria”, enfatizou o Itamaraty.

“A citada operação foi autorizada pelo governo anterior, em junho de 2022, e tornada sem efeito pelo diretor interino da Abin em 27 de março de 2023, tão logo a atual gestão tomou conhecimento do fato”, acrescentou.

O caso foi revelado pelo colunista Aguirre Talento, do portal Uol, na manhã de hoje. Segundo uma investigação da Polícia Federal, agentes da Abin lançaram um ataque contra computadores do Congresso e da Presidência da República do Paraguai, para obter informações confidenciais.

O objetivo seria auxiliar na negociação sobre a tarifa da compra da energia excedente de Itaipu, que o Paraguai queria aumentar. O acordo foi fechado em maio do ano passado, quando o Brasil concordou em pagar mais pela energia comprada do país vizinho, mas menos do que o pedido pelo governo paraguaio.

Segundo o depoimento de um servidor da Abin envolvido na operação, coletado pela PF, o ataque ocorreu durante a gestão do  atual diretor da agência, Luiz Fernando Corrêa, indicado ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, o governo federal nega.

“O atual diretor-geral da Abin encontrava-se, naquele momento, em processo de aprovação de seu nome no Senado Federal, e somente assumiu o cargo em 29 de maio de 2023”, apontou a nota do Itamaraty.

O caso foi descoberto pela PF durante inquérito para investigar irregularidades na gestão do ex-diretor-geral da Abin Alexandre Ramagem, investigado também por participação em uma tentativa de golpe de Estado.

Confira na íntegra a nota do governo sobre o caso:

O governo do Presidente Lula desmente categoricamente qualquer envolvimento em ação de inteligência, noticiada hoje, contra o Paraguai, país membro do Mercosul com o qual o Brasil mantém relações históricas e uma estreita parceria. A citada operação foi autorizada pelo governo anterior, em junho de 2022, e tornada sem efeito pelo diretor interino da ABIN em 27 de março de 2023, tão logo a atual gestão tomou conhecimento do fato.

O atual diretor-geral da ABIN encontrava-se, naquele momento, em processo de aprovação de seu nome no Senado Federal, e somente assumiu o cargo em 29 de maio de 2023.

O governo do Presidente Lula reitera seu compromisso com o respeito e o diálogo transparente como elementos fundamentais nas relações diplomáticas com o Paraguai e com todos seus parceiros na região e no mundo.

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Jornalista

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