Sinpol-DF ataca política de integração da Secretaria de Segurança
O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) voltou a atacar a Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social do DF (SSP/DF). Desta vez, a crítica é sobre a política de integração das forças de segurança imposta pela pasta. A entidade alega que a fórmula é fadada ao fracasso e não deu certo em outros estados.
De acordo com o Sinpol, os policiais civis têm feito o serviço de PMs e vice-versa, prejudicando o trabalho e a especificidade de cada um. Segundo o sindicato, as seções trabalham com um número reduzido de agentes, gerando atraso nas investigações e demora nas prisões. Afirma que, na prática, os crimes e a impunidade aumentam.
O Sinpol se queixa ainda que agentes e escrivães estão desenvolvendo atribuições de delegados, como fazer oitivas e solicitar perícia. Em nota, a entidade também denuncia a inversão de função no registro de ocorrências menos graves, em cidades como o Guará, antes feito pela PCDF e agora de atuação da PMDF. Outro ponto seriam civis que realizam patrulhamento, rondas e abordagem a suspeitos, um trabalho antes designado aos militares.
De acordo com o Sinpol, a PCDF enfrenta a maior crise de recursos humanos da história. “Delegacias foram fechadas pela primeira vez na capital. Hoje, 16 delas não funcionam à noite e aos finais de semana”, garante Rodrigo Franco, o Gaúcho, presidente do Sinpol.
O sindicato diz ainda que o efetivo da PCDF hoje é de 4,3 mil policiais, e 300 deles atuam em desvio de função no Sistema Penitenciário do DF. Para os sindicalistas, o quadro ideal de servidores deveria ser de 8,9 mil policiais.
A reportagem procurou a Secretaria de Segurança e a direção da Polícia Civil para comentar as críticas, mas até a última atualização desta reportagem não obteve retorno.
A Polícia Militar do Distrito Federal, por sua vez, informou que atua em conformidade com o artigo 144 da Constituição Federal e que todas as atuações são baseadas em preceitos legais, sendo subordinados ao governo
Assembleia
Nesta terça-feira (31/10), a situação pode piorar ainda mais. A categoria ameaça cruzar os braços novamente ao promover assembleia às 14h em frente ao Palácio do Buriti. A principal cobrança é pelo aumento salarial de 37% concedido a policiais federais e reivindicado por agentes e delegados da civil