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Sete escolas de samba abrem os desfiles no Sambódromo do Anhembi

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Na primeira noite dos desfiles das escolas de samba do grupo Especial de São Paulo, nesta sexta-feira (28), passaram pelo Sambódromo do Anhembi escolas Acadêmicos do Tatuapé, Barroca Zona Sul, Camisa Verde e Branco, Dragões da Real, Mancha Verde e Rosas de Ouro. As agremiações começaram a entrar na avenida depois do desfile das velhas guardas de São Paulo, que teve início às 21h. Todas as escolas de samba desfilaram no tempo previsto.

Às 23h, a Colorado do Brás começou o desfile na volta para o Grupo Especial após dois anos no Grupo de Acesso. Com o enredo Afoxé Filhos de Gandhy, no Ritmo da Fé, que fala sobre alegria, felicidade, fé, amor, paz e o olhar de esperança, a escola de samba trouxe homenageou o afoxé Filhos de Ghandhy, bloco tradicional brasileiro. A escola homenageou Caetano Veloso, Gilberto Gil e Clara Nunes no carro abre-alas e teve figurinos inspirados nas roupas do ativista indiano Mahatma Gandhy.

Às 00h05, a Barroca Zona Sul, que teve um dos carros alegóricos com problemas ainda na concentração, entrou com o samba Os Nove Oruns de Iansã”, rainha dos ventos e tempestades, representada pela rainha de bateria Juju Salimeni. Um dos destaques do desfile foi o carro abre-alas que deixava a avenida perfumada ao passar com a fumaça que representava os ventos.

Com o problema no carro alegórico, a Barroca preferiu não fazer o recuo da bateria, para não atrasar o desfile, já que o segundo carro criou um buraco no trajeto. Apesar de o recuo não ser obrigatório, sem parar no recuo, as últimas alas têm dificuldade para ouvir o samba. O segundo carro trouxe uma representação da gratidão de Obuluaê e jogava pipocas pela avenida, representando o ritual de cura do orixá. Também trouxe a representação de Santa Bárbara, Iansã no catolicismo.

À 1h10, a vice-campeã de 2024, a Dragões da Real, entrou na avenida exibindo o samba-enredo A Vida é Um Sonho Pintado em Aquarela!, inspirado na música Aquarela de Toquinho e no neto do carnavalesco Jorge Freitas, que morreu em abril de 2024, aos 8 anos, por causa de uma doença rara.

Com as fantasias e alegorias em cores vibrantes, a Dragões vestiu de preto a bateria, que tinha cores e luzes de led nos instrumentos. O destaque ficou para os carros alegóricos e a comissão de frente.

A Mancha Verde entrou às 2h15 com o samba Bahia, da Fé ao Profano, mostrando onde tudo se mistura – Bahia, com representações da dualidade em alas e alegorias.

Viviane Araújo, rainha da bateria há 20 anos, fez uma homenagem à cantora de axé, Daniela Mercury, usando a fantasia Canto da Cidade. A comissão de frente mostrou uma mistura da tradicional lavagem do Bonfim com as festas.

Acadêmicos do Tatuapé começou o desfile às 3h20 da madrugada com o enredo Justiça – A Injustiça Num Lugar Qualquer É Uma Ameaça À Justiça Em Todo Lugar, uma frase do pastor batista e ativista político Martin Luther King, que foi líder do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos de 1955 até seu assassinato em 1968.

A letra é uma crítica ao extremismo, à intolerância religiosa e à violência cometida contra os menores e povos pretos.

Um dos destaques foi o carro abre-alas que trouxe uma forca com um homem-enforcado, representando um dos métodos de execução mais utilizado na história da humanidade.

Às 4h25, a Rosas de Ouro foi a sexta escola a entrar na avenida, contando como os jogos influenciaram a humanidade, por meio do samba Rosas de Ouro em uma Grande Jogada.

Escapando do rebaixamento no ano passado, a Rosas trouxe uma noite no cassino como comissão de frente e fez uma representação de um embaralhar de cartas na primeira ala. A rainha de bateria, Ana Beatriz Godoi, se destacou com uma flor com luzes neons no costeiro da fantasia que mudava a cor das pétalas e exalava perfume de rosa.

A escola lembrou ainda dos jogos tradicionais dos anos 80 e 90 como War, Detetive, Pac-Man e Mario Bros.

Última escola da primeira noite de desfiles, a Camisa Verde e Branco entrou às 5h30, homenageando o cantor Cazuza, falecido há 35 anos.

Com trechos de músicas do cantor, a escola desfilou ao som do enredo Cazuza, o Tempo Não Para! O poeta vive.

Um dos destaques foi a mãe de Cazuza, Lucinha Araújo, desfilando em um dos carros alegóricos. Também desfilaram o baterista da primeira formação do Barão Vermelho, Guto Goffi, e o ator Daniel de Oliveira, que atuou como Cazuza no filme de 2004 O Tempo Não Para.

Na ala das baianas, a fantasia toda branca estava envolta pela fita vermelha, símbolo mundial da luta conta a Aids.

Com informações da Agência Brasil

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