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Agroecologia se desenvolve no DF como forma de preservar unidades de conservação

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No Distrito Federal, os chamados “arredores das unidades de conservação”, essas faixas verdes no entorno das áreas de proteção (zonas de amortecimento), já começam a desenvolver em seus territórios a agroecologia. As faixas, que são imprescindíveis para a proteção contra poluição de mananciais ou parcelamento irregular do solo, aos poucos estão se tornando prática comum entre os produtores rurais, mas ainda nem todos participam da iniciativa.

A medida é apoiada pela da Gerência de Manejo e Gestão de Áreas Protegidas, do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), e visa melhorar o manejo das terras próximas a áreas protegidas. “Criar ambientes diversos ao redor das unidades de conservação é estratégico, pois propicia maior fluxo genético”, explica o agente em unidades de conservação do Ibram, Raoni Nazareth Costa.

As “zonas de amortecimento” são definidas por meio dos planos de manejo de cada unidade de conservação. Assim, para que a prática da agroecologia se espalhe por todo DF, é preciso da adesão por parte dos produtores rurais.

Para isso, o poder público tem apoiado “caravanas” que levam os produtores a conhecer propriedades que já cultivam a prática da agroecologia. “É bom porque eles mesmos repassam as experiências. É uma construção de conhecimento”, destaca o agente do Ibram. A última caravana ocorreu em dezembro de 2016. Neste ano deverá haver uma nova edição.

Ocupação irregular

Além de contribuir para a preservação da fauna e da flora e da produção de alimentos saudáveis, ou seja, sem agrotóxicos, a prática da agroecologia também pode ser uma saída para combater o parcelamento de terras irregulares. “É uma maneira de garantir a permanência dos agricultores na terra e, assim, manter as zonas rurais”, sustenta Costa.

Contexto

A Zona de Proteção do Parque Nacional de Brasília e da Reserva Biológica da Contagem é uma área de 5 quilômetros de raio no entorno do Parque Nacional. Ela está na área de proteção ambiental (APA) do Planalto Central e tem 42.579 hectares. Nela, é proibido, por exemplo, plantar ou armazenar produtos transgênicos, conforme previsto no plano de manejo da unidade. Também é vetada qualquer atividade de mineração em uma faixa de 1 quilômetro do Parque Nacional ou da Reserva Biológica da Contagem.

Jornalista

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