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Distritais cobram melhorias na saúde do DF

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Parlamentares denunciaram a precariedade do sistema de saúde distrital na sessão ordinária desta terça-feira (30) da Câmara Legislativa. A falta de atendimentos à população, o comprometimento físico das unidades, a necessidade de nomear mais aprovados em cargos públicos da área e o papel do estado no cuidado à saúde permearam os pronunciamentos. 

Na ocasião, o deputado Max Maciel (Psol) relatou que promoveu, hoje, inspeções nas unidades de saúde de Santa Maria e Ceilândia. O parlamentar constatou que a situação é dramática, a ponto de faltar piso e desabar teto em unidades de Ceilândia. Por isso, entrou em contato com um membro da Defesa Civil que revelou que o quadro requer que se lacrem as unidades. “Se é obrigado a lacrar, que lacre, porque alguém tem que tomar a decisão. Tem no caixa verba empenhada e liberada para a reforma do hospital de Ceilândia e não é executada”, apontou Maciel. Ele lembrou que acesso à saúde é um direito. “Não é uma solução fácil e rápida, mas é a possível. Temos experiências concretas no mundo de como se faz a saúde”, recomendou. 

Maciel ainda criticou que 40% do recurso da rede está na mão do  Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges). Por fim, refletiu que quem deveria gerir a política é a Secretaria de Saúde e não o Iges. Já o deputado Thiago Manzoni (PL) comentou que o problema da saúde se relaciona ao próprio papel do estado diante da sociedade. “O estado não pode dar nada que antes não tenha tirado da população. É um mal ilimitado que o estado causa à população do brasileiro”, finalizou.

O parlamentar Wellington Luiz também se manifestou sobre o tema. Ele relembrou os casos recentes de agressões a trabalhadores em unidades distritais e lamentou as consequências desse contexto para os profissionais que estão na ponta, em contato direto com a população. 

Técnico de enfermagem com experiência no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu),o deputado Jorge Vianna (PSD) advertiu que o salário da categoria, e de outros colegas de ensino médio no DF, corresponde a 50% ao de ensino superior. “Estamos pedindo que seja, pelo menos, de 70%, que é o que diz a Lei de Enfermagem, aprovada a nível federal. Temos 4.098 médicos na Secretaria de Saúde, 3.988 enfermeiros e 8.600 técnicos de enfermagem. Nós sabemos que para cada enfermeiro precisamos de, pelo menos, 3 técnicos”. Na sequência, ele verificou que faltam cerca de 3 mil técnicos de enfermagem no DF, dado que o levou a apontar a nomeação de aprovados em concursos da área como solução possível. “O maior déficit da área de saúde é o técnico de enfermagem”, concluiu.

Com informações da CLDF

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