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PT e partidos de esquerda realizam ato pelo Fora Bolsonaro no Museu da República

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O Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal e mais outras legendas, como PSOL, PCdoB, PDT, PSB, PV, Rede, Cidadania e Solidariedade, organizaram as manifestações do último dia 2 de outubro, no Museu da República, em Brasília. A manifestação com que contou com participação de milhares de pessoas foi uma forma que os partidos de oposição e movimentos sociais, além da sociedade civil organizada encontraram para pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O TaguaCei esteve no ato para conversar as lideranças e os participantes afim de saber sobre as pautas e as reivindicações apresentadas. Entre gritos de “Fora Bolsonaro!” e “Genocida”, os manifestantes pediram também a revogação do teto de gastos, a não aprovação da PEC 32 – conhecida como reforma administrativa –, a preservação do meio ambiente, o combate à inflação – que atualmente está acima de 8% – e ao desemprego – que já atinge mais de 14 milhões de pessoas, sem contar os mais de 30 milhões que estão na informalidade.

Um dos presentes, que inclusive discursou no carro de som, foi o ex-governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), que afirmou que o momento é de “união”, já que o objetivo comum dos manifestantes é de ser contra o governo Bolsonaro. “Nós temos que acabar com essa política do ódio, essa política da violência, com essa carestia, com esse desemprego, que vem trazendo tanto sofrimento para a nossa população”, afirmou o ex-governador.

Ao comentar sobre a forma como o governo federal e também o governo do DF coordenou e tem coordenado à pandemia de covid-19, o ex-governador é taxativo. “Nós não podemos permitir o desapreço à vida que nós estamos vendo com o governo federal e também pelo governo do Distrito Federal. Por isso que nós estamos aqui, para unir o Brasil em defesa da democracia”, disse.

Sinpro-DF

Também presente nas manifestações, uma das diretoras do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), Rosilene Côrrea, lembrou que ir às ruas é uma forma que a população e as entidades de classe encontraram para manifestar sua indignação com os “ataques” que o governo federal tem promovido contra o povo. Segundo a sindicalista, a PEC 32, é um exemplo dessa afronta, já que se a proposta for aprovada no Congresso irá prejudicar não só os servidores públicos – os atuais e os que vierem ingressar na carreira –, mas também a sociedade que terá um serviço precarizado e dominado pela iniciativa privada.

“Principalmente é uma ataque aos direitos do povo brasileiro. É a omissão do Estado, que é a abertura [dos serviços públicos] para o mercado, para as empresas”, ressaltou. Sobre a volta às aulas presenciais em razão da pandemia, assunto que o sindicato é contra, Côrrea disse que o tema é “preocupante” e que é, no momento, impossível haver um retorno de 100% dos alunos no formato presencial.

Fora Bolsonaro!

Dominado pelos partidos de centro e pelo capital financeiro, o governo de Jair Bolsonaro começa a mostrar que é possível governar sem fazer nada. Depois de quase três anos de governo, a gestão não tem uma obra ou programa importante – com exceção do auxílio emergencial – para apresentar à sociedade como legado do bolsonarismo.

Diante disso, a pandemia, que já matou mais de 600 mil pessoas, mostrou que se o poder público for ineficiente, a população paga o pato. É o que pensa o sindicalista Antônio Lisboa, um dos representantes da Luta Sindical, que também esteve no ato do dia 2. Para Lisboa, o momento pelo qual o país passa é um dos piores que a história política brasileira já enfrentou. “O Bolsonaro é uma referência do que pior existe no mundo em termos de governança”, define.

Porém, na opinião do ex-deputado federal pelo DF, Roberto Policarpo (PT), que falou ao TaguaCei durante a manifestação, a forma de governo imposta pela gestão Bolsonaro não é compatível com os anseios da população brasileira. “As pessoas querem democracia, as pessoas querem o direito à vida, direito ao trabalho, porque as coisas estão caras, tem muita gente desempregada neste país, a fome está aumentando, a miséria aumentando”, lembra.

Ainda de acordo com o ex-deputado, a ida de parte expressiva da população às ruas no último domingo foi um “chega!” para o governo federal. “A esperança deste país é ver novamente o Lula na Presidência. O Lula é quem gosta de povo, o Lula é quem cuida do povo brasileiro, o Lula é que coloca o pobre no orçamento deste país, portanto, para investir na educação, para cuidar da saúde do povo, para ter emprego e diminuir a miséria deste país, não tem outra saída, a alternativa que nós temos é eleger o Lula presidente”, destaca Policarpo.

O próximo ato pelo “Fora Bolsonaro!” está marcado para ocorrer no próximo dia 15 de novembro.

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Jornalista

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