Ato pede justiça em enterro de ciclista atropelado por criminoso em fuga no DF: ‘Não aguento mais essa rotina’
Joelson Fernandes, de 38 anos, foi sepultado neste domingo (6); colegas seguiram em bicicletas da Estrutural até cemitério de Taguatinga. Motorista que causou acidente foi preso.
Ciclistas do Distrito Federal fizeram um ato neste domingo (6), pedindo mais segurança no trânsito e justiça pela morte do vigilante Joelson Fernandes, de 38 anos. Ele foi atropelado por um criminoso em fuga, enquanto pedalava na via Estrutural, na quinta-feira (3). O suspeito era um detento do regime semiaberto e foi preso (relembre abaixo).
A manifestação ocorreu momentos antes do enterro de Joelson. Os participantes saíram de bicicleta da Estrutural, onde a vítima morava, até o cemitério de Taguatinga, onde ocorreu o sepultamento. O ciclista Alan Clécio, colega do vigilante, afirma estar cansado de perder amigos em atropelamentos.
“Eu não aguento mais essa rotina. A cada seis meses, a gente está enterrando colegas e amigos e fazendo manifestações, sempre com essa mesma pauta, de um trânsito mais tranquilo, punição mais severa para motoristas e que o Estado assuma seu papel”, diz.
Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que Joelson estava com Covid-19, assintomático. Por isso, o corpo dele não pôde ser velado. Alan afirma que o vigilante era ativo na luta por mais segurança para os ciclistas, e que sempre participava de manifestações sobre o tema.
Ciclistas fazem ato e pedem justiça para vigilante morto por criminoso em fuga no DF
Valério Cristiano dos Santos diz que era amigo de Joelson há mais de 20 anos e, emocionado, pede punição para o motorista que causou o atropelamento, Genival Pereira da Silva, de 47 anos.
“Não podemos considerar isso como um acidente. Isso foi um homicídio. A perda do Joelson para nós significa um buraco muito grande, um vácuo muito grande. Um sentimento para todos nós de revolta, porque foi uma perda inestimável.”
Protesto em homenagem a Joelson Fernandes, ciclista morto por criminoso em fuga no DF — Foto: TV Globo/Reprodução
Atropelamento
De acordo com a Polícia Civil, Genival Pereira da Silva cumpria pena em regime semiaberto por um homicídio. Segundo os investigadores, ele tem diversas passagens em delegacias e responde por outros crimes, como tentativa de homicídio e roubo.
No momento do atropelamento, o suspeito dirigia o carro de uma médica, que foi roubado na Asa Norte. A corporação afirma que o assalto foi cometido por outro suspeito, que, em seguida, deu dinheiro para que Genival o levasse até Taguatinga.
Carro usado na fuga era roubado — Foto: Reprodução/TV Globo
No caminho, no entanto, policiais militares viram o carro na Estrutural e deram início à perseguição ao motorista. Na tentativa de despistar os policiais, o criminoso invadiu o acostamento, atropelou Joelson e continuou a fuga. Na altura de Taguatinga, ele bateu em outro carro e foi preso.
Os passageiros do veículo, um casal, ficaram feridos e foram encaminhados ao hospital. Genival saiu ileso e foi levado para a carceragem da Polícia Civil.
Paixão pelo ciclismo
Ciclista do DF Joelson Fernandes morreu após ser atropelado — Foto: Facebook/Reprodução
Joelson colecionava troféus conquistados em competições e gostava de falar sobre a prática nas redes sociais. O ciclista era considerado um atleta de alta performance, tanto na bicicleta como na corrida.
Em uma publicação, chegou a compartilhar a última vez em que subiu ao pódio. Foi em uma competição em 16 de janeiro, em Valparaíso de Goiás, no Entorno do DF. Ele terminou a prova na terceira colocação (veja imagem abaixo).
“Graças a Deus como sempre. Minha gratidão por gozar de perfeita saúde e poder praticar o esporte que amo”, escreveu na publicação.
Ciclista do DF Joelson Fernandes ficou em 3° lugar em uma competição de corrida e ciclista em Valparaíso (GO) — Foto: Reprodução/Instagram
‘Arrancou um pedaço’
Após a morte do filho, a mãe de Joelson, Hilda Maria dos Santos, disse em entrevista à TV Globo que não consegue se conformar. “Arrancou um pedaço do meu coração”, afirmou.
“Deixei muitas vezes de abraçar o meu filho, porque ele falava que não queria me matar de coronavírus. Eu deveria ter vindo debaixo de chuva abraçar o meu filho vivo”, lamenta.
FONTE: G1-DF
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