Sebrae Inova 2023: Evento aborda o tema “Cidades Inteligentes” através de palestras, debates e bate-papos
Começou nesta quinta-feira (5) De 5 e 7 de outubro, o Sebrae Inova 2023, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O evento, que é gratuito, convida o público a repensar sobre cidades, negócios e ambientes, promovendo a união do empreendedorismo, inovação e marketing digital.
Este ano, o Sebrae Inova irá proporcionar ao empreendedor a experiência de conhecer na prática a aplicabilidade do mundo digital no seu negócio através de palestras, debates e bate-papos que terão como tema principal “Cidades Inteligentes”, haja vista o avanço de novas tecnologias e novos termos. O objetivo é proporcionar aos participantes uma experiência de conhecimento prático e aplicável.
A programação foi pensada de forma a abranger a temática, dividindo-a em 6 palcos, e fazer com que o público repense a perspectiva do ambiente, dos negócios e das pessoas. O primeiro dia do evento contou, no palco intitulado “Cidades”, com um grande debate que teve como convidados Alexander Justi, especialista em CIM (City Information Modeling), Bianca Miranda, especialista BIM no Instituto SENAI de Tecnologia da Construção Civil – IST/DF, Juliana Gehlen, arquiteta e coordenadora do BIM Colaborativo / Sinduscon e Raquel Blumenschein, diretora do Centro de Excelência da Building Research Establishment (BRE) na UnB.
A roda de conversa foi voltada ao público que trabalha ou tem interesse na área de arquitetura e engenharia e tem curiosidade em saber mais sobre o uso do Building Information Modelling (BIM), método de trabalho que agrega procedimentos e informações relevantes a uma representação gráfica. “Estamos falando de um processo com benefícios que vão desde a segurança pública (câmeras), mapeamento temporal, acesso a estrutura “interna” e gerenciamento de emergências, à sustentabilidade, organização e conforto”, destacou Alexander.
Por meio de um processo holístico de criação e gerenciamento de informações para um recurso construído, o BIM tem base em um modelo inteligente e habilitada por uma plataforma na nuvem, e integra dados estruturados e multidisciplinares para produzir uma representação digital de um recurso em todo seu ciclo de vida, desde o planejamento e o projeto até a construção e as operações. “Quando você adota o BIM, sem dúvida você muda seu modelo mental de projetar. Você, gradativamente, absorve uma nova maneira de construir, buscando processos mais racionais. Além de trazer transparência ao processo construtivo”, salientou Raquel Blumenschein. O modelo ainda não é aplicado em nenhum lugar do DF, mas os debates sobre sua implementação é cada vez mais recorrente.
De acordo com Alexander, a partir do momento que se trabalha com esse modelo, é possível compreender e enxergar melhor uma cidade. “Temos acesso à Informações não vistas com facilidade, e é possível fazer testes e tomar melhores decisões tanto em questões sustentáveis quanto na limpeza e conforto”, pontuou o especialista. “Enxergamos com antecedência coisas que só seriam vistas depois de feitas”, acrescentou.
Além destas vantagens, Juliana Gehlen chamou atenção para o lado dos investidores do setor. “Há um notável aumento de produtividade e redução de custos e retrabalho. Observamos o aumento do índice de vendas, e isso, para o investidor, é um resultado impactante”, disse, usando como exemplo cidades estrangeiras que já utilizam o método, como é o caso de Helsinque, na Finlândia. No Brasil, de acordo com Alexander, já existem alguns estados adiantados na discussão, como o Paraná.
Segundo ele, o grande problema do país é a falta de informação. “Boa parte dos municípios nem sabem o que é BIM. Precisamos disseminar a ideia para depois pensar em questões de leis e decretos. Dar formação e criar, posteriormente, a parte de legislação”, argumentou.
A dificuldade de formar profissionais capacitados na área, bem como a adesão dos formados em arquitetura também foi destacado. Como avalia Raquel, os principais desafios da academia é na formação de especialistas na área. “Se falamos de profissionais do setor público, o maior desafio é que ele tenha tempo. Já no setor privado, depende. Se falamos de arquitetos temos dificuldade de demonstrar os benefícios do BIM na aplicabilidade. Tenho sentido indisponibilidade desses profissionais de absorver a ideia e entender o BIM como ferramenta poderosa de integração e transparência de dados”, lamentou. “O engenheiro estrutural e de instalações, em contrapartida, já avança nisso. É mais fácil promover testes e soluções com eles. Temos feito isso e tem sido muito produtivo”, finalizou.
Por fim, Juliana reiterou a questão da desinformação. “O que existe hoje é a visualização de uma barreira na questão de adaptação. É uma realidade no mundo e queremos promover a formação de pessoas e entender que se trata de um processo onde os grandes devem apoiar os menores”, disse.
O Sebrae Inova 2023 conta com a participação de convidados com quase 200 conteúdos online já disponíveis no www.sebraeinova.com.br.
Serviço
Sebrae Inova 2023
Quando: 5 a 7 de outubro
Local: Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília
Inscrições: www.sebraeinova.com.br
Com informações do Jornal de Brasília
Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.
Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.