Secretaria de Saúde é condenada a retirar contraceptivo de paciente
De acordo com a decisão do MPDFT, usuária do contraceptivo Essure poderá decidir retirá-lo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), independentemente de possuir ou não laudo médico
A Promotoria de Justiça Criminal de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde (Pró-vida) obteve decisão favorável no processo que obriga a Secretaria de Saúde a retirar um dispositivo contraceptivo de paciente que teve efeitos adversos, que representam riscos à saúde da mulher.
Segundo a primeira turma recursal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), a mulher pode decidir, a qualquer tempo, retirar o método, sendo irrelevante a prova de existência de defeito nos dispositivos contraceptivos da marca Essure fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Para a Promotora de Justiça Alessandra Morato, a decisão representa uma vitória para as usuárias do Sistema Público de Saúde do Distrito Federal. “É direito da mulher exigir a retirada do aparelho a qualquer tempo, por simples manifestação de vontade, seja por decisão relacionada ao seu direito de reprodução, seja pelo medo dos riscos ou pela dúvida sobre a eficácia do implante”, declarou.
A representante do Ministério Público ressaltou que o processo tem sido burocrático e demorado. “Em muitos processos envolvendo a retirada do Essure, observamos que a discussão se desvia para a existência ou não de atestados médicos indicando risco de morte. Se essa mulher tivesse condições financeiras para pagar um atendimento particular, nem se discutiria se ela tem o direito ou não da retirada desse dispositivo. No entanto, para a paciente que precisa da Secretaria de Saúde uma série de exigências têm sido feitas nos processos judiciais para reconhecer esse direito e garantir um pronto atendimento”, disse.
Método contraceptivo
Adotado pelo SUS em 2009 como uma solução contraceptiva definitiva para mulheres, o sistema Essure, da alemã Bayer, acabou se transformando num problema de saúde em várias partes do Brasil e do mundo. O DF implantou o método em 2.226 mulheres.
Entre as consequências da implantação do Essure — sistema de molas de 4cm posicionadas na passagem que liga as trompas ao útero —, mulheres relatam dor crônica, mudança no fluxo menstrual, migração do dispositivo para outras partes do corpo, fortes dores durante o ato sexual e até gestações indesejadas. Efeitos como esses e a polêmica internacional envolvendo o método levaram a Anvisa a suspender, em 2017, o uso do dispositivo no Brasil.
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE
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