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Gripezinha, síndrome respiratória ou pneumonia? Entenda a diferença

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As três doenças, apesar de apresentarem sinais semelhantes, requerem tratamentos distintos; especialistas orientam busca por diagnóstico

Dor de garganta, tosse e febre são sintomas clássicos de gripes e resfriados, mas também poderiam ser citados como as características principais de uma pneumonia ou de uma síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Isso porque, apesar de dizerem respeito a condições distintas, essas doenças se assemelham em razão da ação dos agentes infecciosos (vírus, bactéria, fungos), que provocam sintomas idênticos. Ainda assim, especialistas apontam a necessidade de diferenciação das doenças para um tratamento adequado

A infectologista Giovanna Orrico destaca que, em primeiro lugar, é preciso ter um conceito claro sobre gripe. Geralmente, a ‘gripezinha’ que os brasileiros se referem corresponde ao resfriado, que é causado pelo rinovírus. Ele tem como sintomas coriza, dor de garganta e tosse, mas não apresenta sintomas mais graves. Já a gripe, causada pela Influenza – que tem vírus A, B e C, sendo o A o mais grave – conta com os mesmos sintomas do resfriado, mas com adicional de febre, fraqueza e dor no corpo.

Quando não cuidada da forma devida, a gripe pode apresentar sintomas ainda mais graves, como falta de ar, escurecimento dos lábios, dor torácica e dificuldade para falar e respirar. Esses sintomas caracterizam a síndrome respiratória aguda grave, que nada mais é do que a condição mais agravada da gripe e da Covid-19.

A pneumonia, por sua vez, que é definida como uma infecção do pulmão, pode ser resultado de uma gripe mal curada ou da ação de bactérias. A doença acomete a região dos alvéolos pulmonares e provoca tosse, expectoração amarelada ou esverdeada, febre persistente (acima de três dias) e mal-estar generalizado.

A pneumologista Larissa Sadigursky chama atenção para o fato de que, apesar dos sintomas clássicos, idosos e crianças podem apresentar formas mais brandas da pneumonia. “Os extremos da idade podem apresentar quadros absolutamente atípicos. Às vezes, a criança que corre e que brinca pode ficar só quietinho e ‘amuadinho’, sem querer comer. O idoso mais ativo pode ficar mais sentado, com corpo dolorido, uma náusea ou um mal-estar”, alerta.

Diante dos sinais pouco nítidos ou dos sintomas parecidos, a recomendação da infectologista Giovanna Orrico é ir em busca de atendimento médico. “Não tem como diferenciar as doenças apenas pelo quadro clínico. Em casos de pneumonia grave, inclusive, o paciente pode evoluir para SRAG. […] Então, é preciso ter um exame clínico bem feito, coletar o histórico e fazer exame complementar para, então, dar início ao tratamento correto”, frisa.

No caso de ação viral, o tratamento da síndrome respiratória aguda grave pode demandar oxigenioterapia precoce, suporte da Unidade de Terapia Intensivo (UTI), fisioterapia e remédios antivirais. A pneumonia, sendo bacteriana, costuma demandar o uso de antibióticos, oxigênio e terapia intensiva. O uso do corticoide em ambos os casos depende das particularidades de cada caso.

Todas as três doenças podem ser prevenidas através de vacinação. No caso da gripe, a proteção contra a Influenza – que é protagonista de uma campanha de vacinação do Ministério da Saúde desde o dia 7 de abril – está disponível para o grupo alvo: crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas até 45 dias após o parto, idosos com 60 anos ou mais, povos indígenas, população quilombola e pessoas em situação de rua.

A SRAG pode ser prevenida tanto com a vacina da Infuenza quanto com a vacina contra a Covid-19 – estando esta disponível em alguns postos para todos os públicos. Já a vacina contra a pneumonia não é disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) para a população geral, mas pode ser encontrada em redes privadas de saúde.

“A vacinação contra essas doenças diminui a probabilidade de pacientes evoluírem para formas graves. Isso não quer dizer que é impossível de essas doenças acontecerem após a vacinação. Qualquer vacina não impede a evolução para uma doença, mas faz com que a probabilidade de evoluir para formas graves seja menor”, finaliza a pneumologista Larissa Sadigursky.

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Escrito por
Jeová Rodrigues

Jornalista

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