Planetário de Brasília completa 50 anos e passa de analógico a digital
De aniversário em 15 de março, o Planetário de Brasília Luiz Cruls, além de ser um espaço de aprendizado, é uma ótima opção de lazer, com entrada gratuita
Em meio às comemorações do aniversário do Planetário de Brasília Luiz Cruls, que completa 50 anos em 15 de março, o espaço vive a transição do analógico para o digital. As sessões audiovisuais exibidas na cúpula contam, agora, com um projetor digital. O equipamento público passou por reformas de revitalização nos últimos meses, recebendo nova pintura, painéis ilustrados com planetas e estruturas divertidas para tirar fotos.
Mais de 92 mil pessoas estiveram no local, em 2023, principalmente estudantes das redes pública e particular, turistas internacionais e de outras unidades da Federação. Para este ano, as visitas devem aumentar. “Estamos organizando uma programação especial para todas as idades para o aniversário de 50 anos”, destacou o diretor do planetário, Junior Berbet.
Inaugurado em 1974, o planetário esteve fechado por 16 anos, entre 2006 e 2013.
O mês de março dá início à temporada de visitação escolar. Na cúpula, há vídeos acessíveis para os diversos públicos, com linguagem adequada à idade. Na última terça-feira, um grupo de alunos da Escola Nova Aquarela, de Valparaíso (GO), fez um passeio à atração. Apesar de já conhecer o planetário, Isadora Melo, 14 anos, foi à cúpula pela primeira vez. “A gente vê o céu todo dia e agora podemos pensar e entender melhor sobre ele”, descreveu a aluna do 9º ano.
Giovana Moraes, 13, nunca havia estado no planetário. Para ela, a experiência foi como um mergulho no Universo e no assunto abordado na escola. Segundo Vitória da Silva Costa, 27, professora de história que acompanhou as turmas, o aprendizado no planetário é interdisciplinar. “É importante para os estudantes refletirem sobre a existência, os diferentes tempos e outras realidades”, explicou.
Tudo foi novidade para Vitor Alves, 12, do 7º ano. “Senti muita felicidade em estar aqui porque gosto bastante de ciências, de geografia e de astronomia”, contou. O adolescente pretende voltar outras vezes ao espaço. “Quero trazer a minha mãe aqui. Toda a inteligência que eu tenho, herdei dela. Ela vai adorar”, afirmou. Após assistir a exibição audiovisual na cúpula, Vitor completou: “mas ver o Sol tão de perto é estranho”.
- Estudantes da Escola Nova Aquarela, de Valparaíso (GO), visitam Planetário de Brasília Luiz CrulsFotos: Carlos Vieira CB/DA Press
- Estudantes da Escola Nova Aquarela, de Valparaíso (GO), visitam Planetário de Brasília Luiz Cruls<<<>>>
- Estudantes da Escola Nova Aquarela, de Valparaíso (GO), visitam Planetário de Brasília Luiz Cruls
- Estudantes da Escola Nova Aquarela, de Valparaíso (GO), visitam Planetário de Brasília Luiz Cruls<<<>>>
- Estudantes da Escola Nova Aquarela, de Valparaíso (GO), visitam Planetário de Brasília Luiz Cruls. Na foto, Isadora Melo, 14 anos, e Giovana Moraes, 13 anos<<<>>>
- Estudantes da Escola Nova Aquarela, de Valparaíso (GO), visitam Planetário de Brasília Luiz Cruls. Na foto, Vitor alves.
- Estudantes da Escola Nova Aquarela, de Valparaíso (GO), visitam Planetário de Brasília Luiz Cruls<<<>>>
Conhecimento científico
Além de ser um ambiente cultural, histórico e pedagógico, o planetário tem a missão de divulgar conhecimento científico. Os educadores e monitores que realizam as visitas guiadas participam de formações periódicas com especialistas sobre astronomia. Nesse sentido, os três pavimentos do edifício são divididos por áreas. O primeiro andar é destinado ao espaço profundo e às nebulosas (grandes nuvens de gás e poeira). O subsolo, aos foguetes e à missão espacial. No térreo, logo após a entrada, o visitante conhece mais sobre o sistema solar e os meteoritos.
A grande atração para os pequenos são justamente esse últimos. Foi o que percebeu o monitor Ramon Silva, 28. “As crianças ficam fascinadas com os meteoritos. Muitas contam que já foram atingidos por algum na cabeça ou tiveram suas casas atingidas”, disse, entre risos. Formado em radiologia, Ramon só foi conhecer o local depois de ter começado a trabalhar lá. “A primeira vez que vim aqui, me senti muito nostálgico, e fez voltar à infância”, relembrou.
O supervisor Jhorge Evangelista fez parte da equipe de monitores durante oito anos, facilitando as visitas guiadas e acolhendo os turistas. “Quem vem ao museu pode optar por não fazer o passeio com o monitor, mas acredito que o toque humano realça as exposições, é bem importante no que se refere a adquirir conhecimentos”, comentou. Atualmente, há oito educadores como guias. Para realizar uma visita guiada, basta solicitar na recepção, no momento da entrada.
A programação comemorativa do cinquentenário será divulgada nos próximos dias.
Com informações do Correio Braziliense
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