Crianças sofrem cortes no pescoço após serem atingidas por linha de pipa com cerol, em Ceilândia, no DF
Segundo mãe de uma das crianças, havia um campeonato de pipa no momento do acidente. Organizadora do evento disse que participantes foram avisados sobre proibição do uso de cerol e de linha chilena; uso das misturas é proibido por lei no DF.
Duas crianças tiveram cortes no pescoço, causados por uma linha de pipa com cerol, neste fim de semana. O acidente ocorreu enquanto elas brincavam em um parquinho da QNN 6/8 de Ceilândia, no Distrito Federal.
Ágatha, de 5 anos, ficou com o ferimento no pescoço, teve sangramento e sentiu muita ardência. Já Cristopher, de 4 anos, teve um corte ainda maior e precisou levar um ponto. As duas crianças foram levadas para o Hospital Regional de Ceilândia e passam bem.
Segundo a mãe de uma das crianças, havia um campeonato de pipa na praça da quadra, no momento do acidente. À TV Globo, a Administração de Ceilândia afirmou que não recebeu pedido de autorização nem foi avisada sobre o evento.
Já a organizadora disse que não era um campeonato, mas um festival de pipas gigantes, e que os participantes foram avisados sobre a proibição do uso de cerol e de linha chilena (veja detalhes abaixo).
Outro organizador afirmou que eles sempre se reúnem, por isso não houve pedido de autorização. No entanto, ainda segundo os responsáveis, o evento recebeu mais pessoas que o esperado e, por isso, não sabem de quem é a pipa que causou o ferimento nas duas crianças.
Após o acidente, um boletim de ocorrência foi registrado e as crianças passaram por exames no Insituto Médico Legal (IML).
Acidentes
O cerol é uma mistura de cola com vidro moído e é usado para cortar a linha de outras pipas. Já a linha chilena, mais cortante que o cerol, é uma mistura de óxido de alumínio e quartzo moído. No Distrito Federal, o uso e a comercialização dessas misturas é proibido por lei desde 2018.
De acordo com a Neoenergia, de janeiro a julho do ano passado, a capital registrou 134 acidentes com pipa na rede elétrica. No mesmo período deste ano, o número saltou para 199, o que representa um aumento de 48%.
Os meses de férias são os que registram o maior número de acidentes. Em janeiro, foram registrados 40 casos. Já em julho, foram 53.
Fonte: g1 DF
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