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Tony Garcia: “eu fui o laboratório da Lava Jato”

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 Garcia diz que se outros delatores começarem a falar sobre como foram feitos seus acordos na Lava Jato, “não tem nada que pare em pé”

Tony Garcia e Sérgio Moro
Tony Garcia e Sérgio Moro (Foto: Reprodução/TV 247 | Agência Brasi

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O empresário e ex-deputado Antonio Celso Garcia, conhecido como Tony Garcia, concedeu entrevista exclusiva à TV 247 na última segunda-feira (5), onde reiterou uma série de revelações sobre ilegalidades cometidas pelo ex-juiz suspeito e hoje senador, Sérgio Moro, e procuradores do Ministério Público em casos anteriores à operação Lava Jato. Ao jornalista Joaquim de Carvalho, Tony Garcia relatou que foi vítima de coação e de tortura psicológica por parte de Moro de de procuradores, que foi usado pelo ex-juiz como agente infiltrado, tendo realizado diversos serviços para Moro que estavam foram do seu acordo de colaboração premiada. “Eu fui o laboratório deles, de começar isso daí em 2005 para eles. Eu fui laboratório deles, do modus operandi que eles fizeram, que eles usaram a Lava Jato para aperfeiçoar”, afirmou Garcia. 

O empresário e delator afirmou que, quando outros réus em processos da Lava Jato começarem a revelar tudo o que envolveram as delações premiadas, muitas ilegalidades ainda virão à tona. “Antoni Palocci, Leo Pinheiro, Marcelo Odebrecht… Se essa gente resolver falar, se eles puderem abrir o jogo e falarem do jeito que foram cobrados a fazer as coisas, não tem nada que pare em pé. Essas pessoas sofreram o mesmo que eu sofri. Todos, sem exceção. Eu sei o modos operandi daquilo lá. Eu me negava a falar alguma coisa que eles queriam e o Deltan Dallagnol mandava aqui no meu prédio fazer busca de quem tinha entrado na minha garagem, quem tinha vindo aqui, todo mundo que me visitou e requisitava. Isso daí como forma de retaliação, como se eu fosse ficar com medo. Deltan fez isso pessoalmente, diversos requerimentos no prédio, várias vezes. Eu cansei”, revelou.

O empresário Tony Garcia também falou sobre a decisão da juíza Gabriela Hardt de se declarar suspeita para julgar casos em que ele seja parte. Em 2021, Garcia prestou depoimento à juíza e expôs todas as ilegalidades cometidas contra ele por Sérgio Moro e procuradores do MPF e a magistrada não tomou nenhuma providência. A TV 247 exibiu com exclusividade esse depoimento de Tony Garcia para Gabriela Hardt.  “Eu prefiro enfrentar o processo dela do que enfrentar a Guantánamo que eu tava enfrentando até agora. Eu me libertei disso tudo e eu espero o foro apropriado para trazer tudo à baila. Eu sugeri hoje à presidente do PT, Gleisi, abrir uma CPI ou uma CPMI e passar o país a limpo dessa fase tão afasta em que quebraram as empresas brasileiras, fizeram tudo por vaidade. E eu nem sei o porquê, eu não entendi o porquê que fizeram isso tudo. Eles não deveriam ter feito isso comigo porque eu sou ainda um arquivo vivo de toda essa história dessa fase do país”, afirmou. 

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Jornalista

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