A vacinação na terceira idade garante melhor qualidade de vida
Envelhecimento da população do Distrito Federal requer maior atenção à imunização de idosos em dia, alerta área médica
Está em curso uma mudança na pirâmide etária da capital federal que, de acordo área médica, impactará maiores cuidados com a imunização de idosos — pessoas com idade igual ou acima dos 60 anos. Segundo projeções divulgadas, no ano passado, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Distrito Federal será, em 2075, a unidade federativa mais envelhecida do país. Esse situação, levará a que o calendário de vacinação para a terceira idade passe a ser encarado como sinônimo de longevidade e de qualidade de vida.
Segundo a geriatra Priscilla Mussi, a imunossenescência — processo de desgaste natural, com o passar dos anos, do sistema imunológico — pode causar perda da capacidade de resposta a infecções, deterioração da memória na defesa do organismo contra vírus e bactérias, maior suscetibilidade a doenças, e, consequentemente, ser fator de mortalidade entre idosos. Daí a importância dos imunizantes para os mais velhos. “Quando tomamos as vacinas, reforçamos esse sistema (imunológico)”, ressaltou a médica.
Essa aplicação de imunizantes em idosos ajuda a economizar recursos públicos, de acordo com autoridades sanitárias. Isso porque a medida diminui a possibilidade de as pessoas mais velhas adoecerem e, consequentemente, reduz as internações hospitalares, melhorando a qualidade de vida desse extrato da população.
Profilaxia
Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sexagenários e outros com idades superiores recebem os imunizantes Pneumocócica 23 – valente (contra meningite e pneumonia), Hepatite B e Dupla Adulta -dt (reduz riscos com difteria e tétano). E o Ministério da Saúde também organiza, anualmente, campanhas para evitar a influenza e Covid-19.
“Manter a vacinação em dia faz com que as complicações de doenças simples, como a gripe, sejam evitadas. Dessa forma, aumentamos a expectativa de vida e diminuímos a possibilidade de internações prolongadas, dependência física e até o óbito”, explicou a geriatra.
Angela Maria de Araújo, 70 anos, moradora do Sudoeste, acompanhava sua mãe, Nair Batista de Araújo, 90, na Unidade Básica de Saúde do Cruzeiro. Elas foram atualizar suas carteiras de vacinação. “A gente não vive sem vacina, ela é um protetor que temos para saúde. Minha mãe e eu sempre mantemos a carteira atualizada e, hoje viemos reforçar a (imunização) da Covid, e aproveitamos e tomamos a antitetânica, que estava vencida. No final do ano, a mamãe vai tomar a segunda dose contra a pneumonia, (proteção) que é muito importante na idade dela”, contou a filha.
Angela também considerou que a rede pública realiza um bom trabalho. “A rede pública oferece muito mais vacinas do que antigamente; há mais oferta de postos de saúde”, disse. Nair, por sua vez, deixou um conselho para quem ainda tem dúvidas sobre a eficiência da imunização: “Se existe vacina, a pessoa tem que tomá-la. Sendo pago ou sendo gratuito, tem que tomar. É muito importante para preservar nossa saúde. Vacina salva vidas”.
Por sua vez, a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) informou que houve um salto de 8% na proporção de pessoas idosas vacinadas contra a influenza, entre 2023 e 2024. Esse anos, segundo a pasta, foram os períodos nos quais mais da metade da população com mais de 60 anos se imunizou: 61,4% e 69,4%, respectivamente.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) há dois imunizantes recomendados à terceira idade, mas disponíveis apenas na rede particular de laboratórios: o da herpes zoster e da VSR (contra infecções respiratórias causadas vírus VSR). No primeiro caso, a vacina combate uma doença que aparece na pele e costuma ser provocada pela reativação do vírus varicela-zóster (o mesmo da catapora), que é potencialmente debilitante para os idosos e pode causar dor crônica, prolongada e de difícil controle.
Vacinação para idosos
» Vacina hepatite B: três doses, de acordo com histórico vacinal. Doenças evitadas: hepatite B
» Vacina pneumocócica 23: uma dose nos indivíduos a partir de 60 anos acamados e/ou que vivem em instituições fechadas (asilos, hospitais e casas de repouso). Uma dose adicional a partir de 5 anos da dose inicial. Doenças evitadas: infecções nos pulmões, ouvidos e sangue (sépsis) e da meningite bacteriana
» Vacina dfteria e tétano (dT): três doses, de acordo com histórico vacinal, mais o reforço a cada 10 anos ou a cada 5 anos em caso de ferimentos graves Doenças evitadas: difteria e tétano
» Vacina febre-amarela: para pessoas a partir de 60 anos, que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação, o serviço de saúde deverá avaliar a pertinência e o risco X benefício da vacinação. Doenças evitadas: febre-amarela
» Vacina difteria, tétano, pertussis: uma dose, mais o reforço a cada 10 anos ou a cada 5 anos em caso de ferimentos graves. Doenças evitadas: difteria, tétano e coqueluche
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