Mapa da Segurança Pública aponta que a maioria das vítimas de estupro são mulheres
O crime de estupro tem crescido no Brasil ao longos dos últimos cinco anos. Segundo o Mapa da Segurança Pública, divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública nesta quarta-feira (11/6), 2024 foi o ano com o maior registro de casos, totalizando 83.114 vítimas. Os números indicam que, no ano passado, 227 pessoas foram estupradas por dia no país — dessas, 86% são mulheres.
As unidades federativas com maior redução percentual de vítimas de estupro foram Sergipe (-18,15%), Roraima (-15.93%), Mato Grosso do Sul (-14,98%), Rondônia (12,21%) e Bahia (-10,71%).

Já os estados que registraram os maiores aumentos percentuais de vítimas foram Paraíba (100%), Amazonas (42,91%), Amapá (35,95%), Tocantins (34,84%) e Rio Grande do Norte (34,32%).
A Região Sudeste apresentou uma maior concentração de estupros em números absolutos, com 29.007 registros em 2024. Entretanto, na análise sob a ótica da taxa de estupros, o destaque foi a região Norte, que liderou com a maior taxa do país, com 62,44, seguida pelo Centro-Oeste, com uma taxa de 57,73.
Em contrapartida, a região Nordeste registrou a menor taxa de estupro no Brasil, com 29,01, embora seja a segunda região com maior quantidade de vítimas desse crime em números absolutos.
Os estados com maior quantidade de vímas de estupro em números absolutos foram São Paulo (15.989), Paraná (6.881) e Rio de Janeiro (5.819). Por outro lado, os estados com os menores números absolutos de vítimas foram Roraima (607), Amapá (658) e Acre (678).
O Mapa da Segurança Pública cita ainda que a maioria das vítimas de estupro são mulheres, representando uma parcela significava dos casos: 71.834 (86,4% das vítimas), o que corresponde a uma uma média de 196 mulheres estupradas por dia.
Feminicídio
O Mapa de Segurança Pública considerou que o número de feminicídios no Brasil permaneceu relativamente estável em 2024, registrando um leve aumento de 0,69% em relação ao ano anterior. Foram contabilizadas 1.459 vítimas no ano passado, contra 1.449 em 2023, mantendo-se a taxa em 1,34 casos por 100 mil mulheres nos dois anos consecutivos.
Assim como no ano anterior, a região Centro-Oeste manteve a maior taxa de feminicídios do país, com 1,87 casos por 100 mil mulheres em 2024, superando a média nacional de 1,34. Em contrapartida, a região Sudeste apresentou a menor taxa, com 1,16 casos por 100 mil mulheres, embora tenha concentrado o maior número absoluto de vítimas, com 532 registros.
Onde pedir ajuda?
A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 é um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra as mulheres. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. O Ligue 180 presta os seguintes atendimentos:
- Orientação sobre leis, direitos das mulheres e serviços da rede de atendimento (Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros;
- Informações sobre a localidade dos serviços especializados da rede de atendimento;
- Registro e encaminhamento de denúncias aos órgãos competentes;
- Registro de reclamações e elogios sobre os atendimentos prestados pelos serviços da rede de atendimento.
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