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Justiça do DF bloqueia R$ 1 milhão da Igreja Universal em ação movida contra ‘Faraó dos bitcoins’

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Processo envolve três clientes de Glaidson Acácio dos Santos que moram em Brasília. Advogado das vítimas diz que doações à igreja têm origem em atos ilícitos cometidos pelo homem acusado de chefiar esquema bilionário de pirâmide financeira; Igreja Universal recorreu da decisão.

Uma decisão judicial determinou o bloqueio de cerca de R$ 1 milhão da Igreja Universal, em um caso que envolve três clientes de Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos bitcoins” no Distrito Federal. A decisão, de janeiro deste ano, é da 11ª Vara Cível de Brasília, onde moram as vítimas. 

Glaidson prometia lucros de 10% ao mês nos investimentos em bitcoins, no entanto, a investigação que levou à prisão do ex-garçon, no Rio de Janeiro, apontou que a empresa dele, “sequer reaplicava os aportes em criptomoedas, enganando duplamente os clientes”. O “Faraó dos bitcoins” foi preso pela Polícia Federal, em agosto do ano passado, acusado de chefiar um esquema bilionário de pirâmide financeira. 

Na ação movida no DF, o advogado das vítimas alega que R$ 72 milhões doados por Glaidson à Igreja Universal teriam origem nos atos ilícitos cometidos por ele. Glaidson foi pastor da igreja na Venezuela e doou os recursos enquanto frequentava um templo em Cabo Frio (RJ). 

O juiz Ernane Fidelis Filho determinou o bloqueio de R$ 340 mil das contas da Universal, além da apreensão de veículos de propriedade da igreja. Ao todo, os valores apreendidos somam cerca de R$ 1 milhão. A Universal recorreu da decisão (veja detalhes abaixo).

Ao todo, o grupo representado pela ação no Distrito Federal transferiu R$ 340 mil ao ex-garçom. O primeiro cliente relata repasses que somam R$ 200 mil

A segunda vítima conta que entregou R$ 20 mil. O terceiro cliente de Glaidson, em Brasília, diz que repassou R$ 120 mil. Os contratos foram celebrados entre outubro de 2020 e agosto de 2021. 

Na ação, o advogado das vítimas afirma que não é possível fazer juízo sobre o envolvimento da Igreja Universal no caso. No entanto, ele aponta que “é fato que, independentemente do envolvimento em atos ilícitos, a serem apurados em juízo adequado, a Ré, em questão, foi beneficiaria dos recursos provenientes de possíveis ilícitos”.

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A ação lembra que, durante as investigações, foi identificado que a Igreja Universal recebeu R$ 15 milhões em doação de Glaidson, em um único dia. O texto faz referência ainda à nota pública divulgada pela Universal, em que reconhece o recebimento das doações, e afirma ter “ciência de que um dos alvos destas pirâmides financeiras são as pessoas de boa-fé”. 

As vítimas pedem o ressarcimento do valor repassado a Glaidson, além de R$ 150 mil em danos morais e R$ 98 mil para honorários advocatícios.

Recurso

A Igreja Universal entrou com um recurso contra a decisão, alegando ter tomado “todas as medidas cabíveis para esclarecer a origem das doações recebidas, o que demonstra sua boa-fé e ausência de participação nos atos praticados”. 

A defesa alega que, em maio de 2020, foi verificado um aumento expressivo nas doações recebidas no templo de Cabo Frio, frequentado por Glaidson. As transferências eram em nome do ex-garçom e da sua empresa, a GAS Consultoria

Segundo o documento, a Universal teria procurado Glaidson. O ex-garçom afirmou que “passava por fase de grande prosperidade econômica”. 

Após questionamentos do bispo Jadson Santos, líder da Igreja Universal do Reino de Deus no estado do Rio de Janeiro, Glaidson teria deixado de frequentar os cultos. “Nesse contexto, embora tenha recebido referidas doações de absoluta boa-fé, com a devida contabilização da entrada dos recursos financeiros, a Igreja tem fundado receio quanto à origem lícita dos valores, que foram objeto de doação”, afirma a instituição no processo.

Segundo a Universal, após a Polícia Federal (PF) deflagrar a operação contra Glaidson, a instituição pediu judicialmente para que o ex-garçom se manifestasse sobre a origem dos R$ 72 milhões doados, além de documentos fiscais que demonstrassem a origem lícita dos valores. Até o momento, não houve resposta na ação. 

A defesa afirma ainda que não há ligação com os contratos firmados entre as vítimas e Glaidson, “o que impede a tentativa de responsabilização pelo eventual inadimplemento”, e que não é alvo da investigação da Polícia Federal. 

Nota da Igreja Universal

“A Igreja Universal do Reino de Deus se solidariza com as vítimas dessa pirâmide financeira e espera que a Justiça responsabilize os verdadeiros autores do esquema criminoso, do qual também é vítima. A instituição já havia denunciado estas atividades suspeitas às autoridades desde 2019.
O bloqueio em questão já foi parcialmente liberado pela Justiça, e acreditamos que será totalmente liberado nos próximos dias em resposta à nossa solicitação, pois é fato demonstrável que a Universal não tem, e jamais teve, qualquer relação com tal pirâmide financeira, tampouco com as vítimas do golpe.”

FONTE: G1-DF

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Jornalista

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