Em entrevista, ex-governador do DF, Agnelo Queiroz, fala sobre os rumos da esquerda, avalia as primeiras ações do governo Lula, afirma que a gestão de Ibaneis é voltada para a ‘elite’, e que está à disposição do PT para as próximas eleições
Jornal TaguaCei: Governador, como o senhor tem visto o crescimento da esquerda no cenário internacional? Recentemente, os partidos de esquerda ganharam as eleições na França, no Reino Unido. De que forma isso repercute no Brasil?
Agnelo Queiroz: Essa pergunta é muito importante, Jeová, porque esses resultados das eleições parlamentares da França, foi uma grande vitória da esquerda, porque essa vitória da esquerda foi a união do povo francês para derrotar a extrema-direita, derrotar o fascismo, coisa que o Brasil enfrentou recentemente. O Brasil também se uniu entorno do Lula para derrotar o fascismo, a extrema-direita. A extrema-direita só traz ódio, só traz exclusão social, isolamento dos países, só traz racismo, golpes, ditaduras, censuras, torturas.
Além da misoginia, são os xenófobos, no caso da Europa, são contra os imigrantes, querem excluir, querem expulsar, e mais ainda, querem eliminar. Então, isso é sistema da direita, é o sistema que a direita traz para o mundo, é só tragédia. Até chegar lá [no poder] eles prometem mil coisas, evidente que não tem propósito, eles não têm proposta para os países. Utilizam muitas pautas identitárias, fica debatendo coisas secundárias, mas não tem propostas. Então, nesse sentido, a vitória na França foi uma coisa muito importante, inspiradora para o mundo. E na Inglaterra, no Reino Unido também foi uma vitória dos trabalhistas depois de muitos anos, essa vitória também é muito importante porque lá a direita estava governando há 14 anos e levou o Reino Unido a se afastar da União Europeia prometendo mil coisas com mentiras que é típico da extrema-direita com mentiras, fake news. O povo acreditou, separou, tirou o Reino Unido da União Europeia e hoje o povo do Reino Unido, povo inglês está vendo o erro brutal que foi ter separado da União Europeia. Portanto, tudo isso foi muito importante e o povo precisa observar isso e se inspirar, sobretudo, aqui no Brasil e na América Latina como um todo. Porque às vezes é muito importante você ter uma união dos setores democráticos setores que defendem a democracia, defende países soberanos para evitar que a extrema-direita possa tomar o governo.
J.T. – Recentemente houve uma tentativa de golpe na Bolívia, tanto que até o presidente Lula esteve lá com presidente Luís Arce e foi muito bem recebido. Inclusive, o Lula convidou ele para vir ao Rio de Janeiro em janeiro.
A.Q. – Isso mesmo, nós estamos cheios de golpe, tem que acabar com isso na nossa América Latina. Aqui está cheio de exemplos disso, primeiro porque tem um império aqui, que é os Estados Unidos, que acham que essa região tem que ser um quintal deles e toda vez que tem algum governo que tenha autonomia, soberania, que quer desenvolver o seu povo, que cuida do seu povo eles [os Estados Unidos] articulam com os inimigos internos, que são as quintas colunas, que são traidores da pátria, para poder dar o golpe, para nos submeter aos interesses de fora. Então todo dia tem isso agora, tanto que, recentemente na Bolívia, no Brasil tentaram no dia 8 de janeiro de 2023 dar um golpe aqui também. E nós sabemos muito bem que está por trás disso tudo, tem nome e endereço, tudo e quem está por trás são os mesmos que deram um golpe parlamentar aqui para tirar a presidenta Dilma [Rousseff], uma presidente honesta. São os mesmos que articularam para prender o Lula, são os mesmos que articularam para tentar perseguir os líderes do PT no Brasil inteiro, com lawfare para poder destruir o partido, são os mesmos. Porque isso é justamente contra os governos do PT, contra o Lula, contra a esquerda, junto com setores, inclusive, setores democráticos, contra tudo que tem uma perspectiva de desenvolvimento soberano para o Brasil, independente, e que cuida da nossa gente, do nosso povo.
J.T. – O presidente Lula tem feito um governo espetacular. Agora mesmo teve uma pesquisa em que ele saiu muito bem. O Lula vem crescendo, diminuindo a inflação, aumentando poder de compra, todos os parlamentares do partido e base aliada estão debatendo contra os juros alto do Banco Central. Como é que o senhor analisa isso?
A.Q. – Infelizmente no Brasil nós temos um presidente que é um patriota. Esse, sim, defende o nosso povo, a nossa pátria, que é um Brasil soberano. Recentemente ele falou claramente: ‘eu tenho satisfação a dar melhores condições ao povo pobre dessa nação’. Olhe só a qualidade desse presidente, onde uma nação como a nossa, que vem sofrendo um grau de exploração tão grande, sempre governado por elites que nunca cuidaram do nosso povo, essa exclusão social, desigualdade que tem no Brasil. A sociedade brasileira nunca teve a capacidade, por exemplo, de alfabetizar todo o povo brasileiro, é uma elite muito individualista, uma elite muito ligada ao capital financeiro de fora, que não acredita no Brasil, muito atrasada.
Quando você tem um o governo, como o governo Lula, que é um governo nacionalista que cuida da nossa gente, do nosso povo, para que o nosso povo não passe fome, possa morar, possa crescer, estudar, ter acesso à educação, à universidade, para que o povo pobre possa ter acesso à água, à luz, coisas elementares da civilização, que essa nossa elite nunca conseguiu responder para o povo brasileiro. Então, eles [elite] vem para cima dele [Lula], vem para cima porque não gostam de pobre, ao invés de fazerem políticas para que o povo deixar de pobre, eles querem excluir. É a cultura escravagista, eles [elite] querem que o povo continue sendo escravo, que os trabalhadores continuem sendo escravos deles.
T.J. – Daí a crítica ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto?
A.Q. – Por isso, quando o presidente Lula começa a fazer um governo desse jeito [de preocupação com o povo], temos esse resultado da pesquisa, vai melhorando a popularidade, vai diminuindo essa rejeição, aí há uma oposição, dos nazistas, dos fascistas daqui, da extrema-direita. Essa gente do sistema financeiro, ou seja, da elite brasileira que tem um representante hoje no Banco Central, que foi colocado pelo Bolsonaro [Jair], foram eles que quiseram a autonomia do Banco Central, para estar vinculado e ser dependente do sistema financeiro, para manter os juros alto, é um absurdo. O Lula tem criticado esses juros que é inconcebível, é incompatível com nossa economia que tem os melhores indicadores, é o único país que tem esses juros, é o único país do mundo com juros alto desse jeito. Um país com indicadores maravilhosos de controle de inflação, com reservas [cambiais], com o desemprego caindo, a renda aumentando, ter juros nesse patamar é absurdo.
Esses juros fazem com que o crédito fique muito elevado, impede o crescimento do Brasil, porque se você tem um crédito alto, ninguém quer investir no país, não gera emprego, não gera renda e não melhora a vida do nosso povo. E o presidente Lula tem batido pesado contra isso, por isso, é claro que ele apanha da mídia corporativa, que também é ligado ao sistema financeiro, apanha violento porque é elitista, é não só porta-voz da elite brasileira, como essa mídia corporativa é parte do sistema financeiro.
Portanto, o nosso povo tem que saber disso, porque se ele está enfrentando essa elite, o sistema financeiro, é porque o Lula é do lado do povo, do lado do povo pobre do Brasil, e vê no governo Lula, nos governos do PT, a possibilidade de melhorar de vida, de ter dignidade humana, de ter educação, ter saúde, ter moradia, então é essa que é a reação dessa elite. Mas apesar dessa elite, Lula vai avançando e o povo cada vez reconhece que quem melhora a vida do nosso povo é o governo, com uma visão dessa do presidente.
J.T. – Agnelo, eu queria te perguntar: este ano nós temos as eleições municipais e o PT está disputando em várias capitais, várias cidades grandes, o que você acha, agora com o governo Lula, o PT vai ter mais oportunidade de aumentar o número de prefeitos e vereadores?
A.Q. – Vamos aumentar, com certeza, porque mesmo com um e meio de governo Lula, não chegou nem a dois anos, porque a eleição vai ser antes de completar dois anos, mas as melhorias para o povo brasileiro, como a correção do salário mínimo, aumento do emprego, já tiramos 23, 24 milhões de pessoas que estavam no Mapa da Fome. Isso tudo é o grande esforço do presidente Lula, do nosso Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, já valorizou os municípios. Mas tem muito ainda para se fazer, porque estamos com o rescaldo, ainda tem muitos prefeitos que são ligados ainda a essa parte mais atrasada no Brasil. Então, vai ser uma luta muito importante, nós temos todos que participar, fazer com que a gente possa eleger mais vereadores, mais prefeitos do campo progressista, do campo de esquerda isso é muito importante para preparar para 2026, para termos bancada no Congresso que seja desse campo para poder dar sustentação a uma política nacional de respeito profundo ao povo brasileiro, aos mais pobres, isso é que tem que ser feito, por isso, que a essa eleição é estratégica, é muito importante, nós vamos avançar, não vai ser fácil ainda porque é um processo, nós temos que compreender como processo. Agora nossa representação municipal, com certeza vai avançar. Agora, em 2028, aí, sim, as prefeituras já vão ter uma participação muito maior desse campo progressista.
J.T. – Agnelo, tem uma outra coisa também que envolve o PT no ano de 2025, agora bem no início, por volta de fevereiro que é o Processo das Eleições Diretas (PED). Como o senhor está vendo isso?
A.Q. – Acredito que o PT vai ter grandes renovações, vai ter um grande fortalecimento, e eu tenho certeza que o PT vai crescer muito o número de filiados. Isso é muito importante porque vai ser o encontro do PT, melhor ainda que seja em 2025 porque não seria correto haver esse processo em meio às eleições municipais. Então, será em 2025, será uma oportunidade para gente discutir um projeto de nação, do Brasil. A aglutinação do campo de esquerda no Brasil como um todo está sendo por meio do PT que é o maior partido, por isso, ele tem a obrigação de aglutinar esse campo de esquerda e, obviamente, com as suas renovações, que serão naturais. A nossa presidenta [Gleisi Hoffmann] fez um trabalho extraordinário, de luta, ela é uma mulher de garra, uma mulher guerreira e que tem enfrentado também essa elite que está, porque nós não podemos deixar tudo para o 0presidente Lula matar no peito, ele já tem que governar ainda tem que enfrentar, muitas vezes, essa elite que é poderosa, que tem os instrumentos financeiros, os meios de comunicação de massa, a mídia corporativa, pois temos também uma relação de força desfavorável no Congresso Nacional. Então, ela [Gleisi] não pode ser candidata de novo, por isso, nós apostamos que o PT fará essa renovação extremamente construtiva, não só nacionalmente, mas também nos estados para que a gente possa ter um projeto bem definido, um projeto de nação onde nós vamos perseguir isso com muita força, crescendo com mais filiados.
É preciso continuar para consolidar a democracia, ampliar o campo progressista de esquerda para construirmos uma nação mais justa, soberana, onde a riqueza do Brasil fique com o povo brasileiro.
J.T. – Agnelo, o senhor governou o Distrito Federal de 2010 a 2014. O senhor foi aquele gestor que construiu o Hospital da Criança, construiu mais de 500 mil km de ciclovias, construiu mais de 30 creches, reformou e construiu Pontos de Encontro Comunitário em todas as cidades, fez concurso público para Mais de 34 mil servidores, renovou os hospitais, e muito mais. Qual a sua avaliação do governo Ibaneis Rocha?
A.Q. – É um governo que cuida da elite e não um governo do povo, então, teve uma gestão extremamente desastrosa. Um governo que é sustentado por bolsonaristas, pelos partidos de direita no Brasil. Então, ele governa para uma minoria que quer privatizar tudo, entregou a Companhia Energética de Brasília (CEB) a preço de banana, uma das melhores empresas, a rodoviária, está fazendo um movimento agora de venda de ações do BRB, que é o início da privatização do BRB, isso é gravíssimo, está fazendo uma ação para poder demitir 6 mil trabalhadores rodoviários, que são os cobradores, porque eu fiz essa mudança do sistema de transporte, fiz licitação que tinha mais de 50 anos que não se fazia nessa cidade e colocamos cinco empresas diferentes para acabar o monopólio, botei 2.700 ônibus novos, e não demitimos um único trabalhador, um único rodoviário, sem contar que são pai de família, pai de família e com uma perspectiva determos um desemprego alto, que é o dobro da média nacional, porque aqui está em 16% de desemprego.
J.T. – O senhor acredita que ele vai demitir os cobradores?
A.Q. – Ele [Ibaneis] está dizendo que não vai demitir, mas como eu tiro a função deles e não vai demitir? E quem está fazendo isso é o governo com os próprios empresários. Na época que eu fiz aquela mudança toda, eu sei que teve pressão para acabar, teve pressão para acabar com os cobradores eu não aceitei aquilo de jeito nenhum, então, tira a função do cobrador e depois os caras não vão demitir? É claro que vão demitir, qual será a função dos cobradores, vão fazer o quê? Então, essa é uma covardia porque está dizendo que não vai demitir, é tudo desse jeito, isso é grave e nós não podemos permitir os rodoviários passar por isso. Felizmente os rodoviários tem um sindicato combativo, de luta, e não vai permitir isso.
Agora teve uma decisão importantíssima que foi a decisão da Justiça Federal que mandou paralisar a progressão, ou seja, não pode continuar outras linhas sem receber o dinheiro, quem quiser pagar vai poder pagar, porque a própria Justiça percebeu a malandragem.
J.T. O governo também errou com votação do PPCUB?
A.Q. – isso é outro exemplo claríssimo do qual é o rumo desse governo, porque mexeu com o plano de preservação do nosso conjunto urbanístico a favor do sistema imobiliário, dos especuladores, e não para o nosso povo, para preservar a capital do Brasil que é um Patrimônio da Humanidade, que é um ativo de sobrevivência futura dessa cidade verde, uma cidade que respira o oxigênio puro, uma cidade que pode se preservar e ter um crescimento ordenado, ter um crescimento que tem qualidade de vida, oportunidade para o nosso povo, emprego e renda sem perder o essencial.
Nós não podemos ter desastre, como vimos recentemente no Rio Grand do Sul, porque você entrega todo o patrimônio por causa de um governo neoliberal e na hora que tem uma tragédia climática, não tem patrimônio, não tem nem estrutura para enfrentar, o governo federal que teve que resolver, aí quando vem um desastre desses, é uma tragédia humana que nós estamos vivendo lá. Não podemos permitir que ocorra com a capital do Brasil. Ele [Ibaneis] pegou e, de forma autoritária, forçou os deputados dele a aprovar um plano desse, que está sendo combatido por toda a sociedade. Inclusive a Unesco que vai fazer inspeção está alertando o Brasil com ameaça da gente perder até título de Patrimônio da Humanidade, mas eu acho que a Justiça vai barrar isso porque é uma coisa descabida.
J.T. – Agnelo, por fim, gostaria que o senhor falasse um pouco sobre o seu futuro político. O senhor será candidato no DF em 2026?
A.Q. – Fui muito perseguido pelo Minério Público, que fez uma perseguição brutal e ainda faz, mas, felizmente, eu ganhei, porque a nossa Justiça no Distrito Federal é uma boa Justiça. E eu ganhei todos os processos contra mim, foram mais de 25 processos, foi uma tentativa de usar o sistema de Justiça para tenta denegrir reputações, para tentar derrotar o adversário e eles [procuradores] perderam todas as acusações infundadas. Por isso, eu tenho certeza que o nosso povo fará Justiça e eu vou estar à disposição do PT para gente concorrer.
Estamos vendo ainda o que eu não posso dar de contribuição e lutar para o nosso povo, lutar para a melhoria da condição de vida do povo do DF. Porque no meu governo, a gente deixou de ser a cidade mais desigual do Brasil, foi o meu governo que a gente erradicou analfabetismo na capital do Brasil, a única cidade que tem o título de território livre do analfabetismo, foi no nosso governo que implantamos o tempo integral nas escolas, foi no nosso governo que a gente garantiu o sistema de transporte com dignidade para o nosso povo, saúde pública de qualidade, contratamos 6 mil servidores, fizemos o Hospital da Criança, melhoramos a Atenção Primária, recuperação os hospitais, e muito mais. Então, eu sei que eles me perseguiram porque eu realizei, porque eu toquei em questões muito sensíveis, eu enfrentei o cartel do transporte, o cartel do lixo para acabar com o lixão, fiz licitação e isso, todo mundo sabe que é uma situação muito complicada. Tive coragem de fazer licitação, tive coragem de enfrentar grileiros na cidade, e tudo num mandato só, aí depois do mandato veio uma perseguição brutal para me destruir e não conseguiram destruir porque não tem, e nunca conseguiram provar 1 milímetro de alguma coisa errada que tenha sido feito, nenhuma coisa errada ou ilegal que tenha sido feito.
É evidente que eu vou continuar lutando pela nossa cidade, pelo Brasil e dando uma minha contribuição para o nosso povo. Tenho certeza que o nosso povo também fará justiça e dará essa oportunidade para que eu possa continuar lutando e dando a minha contribuição, com meu conhecimento, minha experiência para melhorar a vida do nosso povo no Brasil e no nosso Distrito Federal.
Para acabar eu vou dar só um exemplo: ontem a Bolsa Atleta completou 20 anos, e é um projeto da minha autoria quando eu era ministro do Esporte. Por isso, é importante de você ter parlamentares comprometidos com o nosso povo, porque quando eu implantei o Bolsa Atleta, eu era ministro do Esporte do primeiro governo Lula, atendemos mil, era 980 atletas mais ou menos aproximadamente, e hoje são quase 10.000 atletas e o orçamento do programa está chegando em R$ 180 milhões. Os projetos que eu fiz virou política pública, virou política de estado, hoje O Bolsa Atleta é política do governo Lula, do Estado, e é um projeto de lei que eu aprovei quando era deputado federal.
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