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Carnaval sem assédio: nos 3 primeiros dias, houve poucas denúncias

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A coordenação de uma das principais campanhas contra o assédio, a Folia com Respeito, realizada pela Distrito Drag, avalia que no Plano Piloto, Águas Claras e Ceilândia aconteceram poucos episódios de assédio. CNJ e MPDFT também promovem ações

Os três primeiros dias de carnaval foram marcados pelo respeito às mulheres e ao público LGBTQIAP no Distrito Federal. Neste ano, pelo menos quatro campanhas de combate ao assédio estão acontecendo. Uma delas, é a Folia com Respeito, que percorre os blocos do DF com dois postos móveis. A coordenadora responsável pelo posto 1, Maria Victória Carballar, 32 anos, diz que em Brasília, Águas Claras e Ceilândia, houve poucas denúncias.

“Estamos aqui para fornecer acolhimento às vítimas e sermos a ponte entre elas e aquilo que precisam, direcionando-as a uma unidade de atendimento mais próxima, para tomar os cuidados e medidas devidas, em caso de violação. Ou à polícia, para a denúncia. Em casos mais graves, levamos a vítima até o hospital”, explicou Maria Victória.

O Correio entrevistou, nessa segunda-feira (12/2), mulheres que acreditam que houve uma melhora em comparação a anos anteriores. Simone Pereira, 48, é servidora pública, carioca e foliã de carteirinha. No Rio de Janeiro, desfilava na escola de samba Mangueira e este é seu primeiro carnaval candango. “Os homens me admiravam, mas foram respeitosos, ninguém me tocou, foi supertranquilo”, contou a servidora, que prestigiou o bloco do Galo Cego, em 3 de fevereiro, e estava a caminho do Divinas Tetas.

A estudante Luísa Damasceno, 21, moradora do Lago Norte, saiu para as ruas na sexta-feira e no sábado. Nessa segunda-feira (12/2), pulou no bloco Aparelhinho. “Perto de mim, não houve ocorrências de assédio — nem comigo nem com minhas amigas. Mas, para termos mais segurança, preferimos sair com grandes grupos e amigos homens, além frequentar blocos menores”, detalhou Luísa.

De acordo com a jovem, que sempre comemora o carnaval brasiliense, comparando a outros anos, “era bem pior”. Ela relembrou que passou pela experiência de ter o cabelo puxado em uma tentativa de assédio. A dica da estudante é que, caso saiam em grupos majoritariamente femininos, que as mulheres estejam em grande número, pois isso diminui a possibilidade assédio.

O casal Cristhiane Vaz, 39, e Laryssa Moraes, 35, também não passou por assédio, mas pondera que não é assim em todas as festas ou para todas as mulheres. “Depende muito do bloco. Naqueles que são alternativos e frequentados em maioria pelo público LGBT, os homens são mais tranquilos, e há menos situações de importunação”, avaliou Cristhiane. Ambas relataram que foram abordadas por homens interessados nelas, mas que eles agiram com muito respeito, aceitaram o não e foram embora, sem brincadeiras. “Parece que as coisas estão mudando”, completou Laryssa.

A Folia com Respeito é realizada pela organização sem fins lucrativos Distrito Drag, com fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) e apoio da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF). O balanço de atendimentos será enviado à Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), que divulgará os dados posteriormente.

Iniciativas

 O protocolo No Nosso Quadrado Não é Não foi elaborado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) com o objetivo de combater a violência contra a mulher, o assédio e a importunação sexual em eventos e shows da capital federal. Inaugurado no pré-carnaval, deve ser incorporado às festas no DF daqui por diante. “Nós, mulheres, somos as maiores consumidoras de espaços de lazer e de entretenimento. Quando você sai de sua casa sabendo que está protegida em um local, tenho certeza de que você vai ter mais disposição para frequentar aquele espaço”, destacou a secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani, ao Correio.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também promove uma ação contra o assédio e a violência sexual. A campanha, que se chama Bloco do Respeito, é apoiada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). Desde 3 de fevereiro, estão sendo feitas postagens com mensagens diariamente nas redes do CNJ. A ideia é “enfatizar a importância da igualdade e do respeito aos direitos de todas as pessoas, independentemente de origem, gênero ou orientação sexual”, divulgou o órgão.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por sua vez, lançou a campanha Pedi pra parar, parou! Depois do não, tudo é importunação, a fim de alertar os foliões sobre o direito da mulher de se divertir sem importunações e violação de direitos. A ação inclui fiscalização nos eventos e distribuição de material educativo. A Ouvidoria das Mulheres do MPDFT também está de plantão para atendimento a vítimas pelos canais: WhatsApp (61) 99847-7592 e 127 (ligação gratuita).

Com informações do Correio Braziliense

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Jornalista

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