Agnelo Queiroz diz que gestão do Hospital de Base precisa voltar a ser de responsabilidade do GDF
O ex-governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, disse, em entrevista exclusiva à nossa reportagem, que a administração do principal hospital de rede pública de saúde do DF, o Hospital de Base (HB), precisa voltar a ser comandada pela Secretaria de Saúde e não por um instituto sem fins lucrativos, que atualmente fica a cargo do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGES-DF).
“Quando teve a opção de entregar o Hospital de Base para uma entidade não governamental foi um golpe mortal no sistema da saúde pública do DF. Porque se você tira de um sistema de saúde, que é único, e bota o principal ator, ou seja, o coração do sistema único, que é o Hospital de Base, e ele passa a ter uma gestão separada, não conversa com o resto da rede, não tem referência, diminui drasticamente os atendimentos à população, você destrói o sistema único”, explica o ex-governador.
Para Agnelo, quase todas as áreas do DF estão sem apoio do poder público local. De acordo com ele, a saúde pública, que está em situação de “calamidade” é um bom exemplo para demostrar como o atual governo tem sido negligente na prestação de serviço à população. Recentemente reportagens mostraram que o HB está sucateado.
Ainda de acordo com o ex-governador, as ações dentro do serviço de saúde pública estariam sendo desvirtuadas, uma vez que as Unidades Básicas de Saúde (UPA), que são para realizar atendimento primário, ou seja, atendimento da família, estaria sendo utilizada para a realização de atendimento de emergência, o que acarreta em longas filas. “A saúde do DF está em situação de calamidade pública. As primeiras seis UPAS do DF foram feitas em seu governo, elas servem para prestar atendimento básico à população, com pacientes hipertensos, diabéticos, etc. Mas hoje as UPAS estão fazendo o pronto atendimento”, afirma.
Nacional
Ao abordar temas de âmbito nacional, o ex-governador do DF comentou sobre os primeiros cem dias do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Agnelo, já de largada o presidente mostra a que veio. Primeiro, com a retomada dos programas sociais e econômicos, como o Bolsa Família (com acréscimo de R$ 150 por crianças de até 6 anos), o Minha Casa, Minha Vida (com a volta da oferta de moradias para a chamada ‘Faixa 1’ que atende famílias com até dois salários mínimos), restabelecimento com os parceiros comerciais internacionais, como a Argentina, os Estados Unidos, Europa e agora a China, e a defesa do meio ambiente através de ações contra o garimpo ilegal na Floresta Amazônica.
“Volta-se à normalidade. É isso que o neoliberalismo produz. Produziu a extrema direita, junto com a extrema direita o ódio, a intolerância, a violência, isso tudo que este país estava vivendo. O governo Lula é o respeito à democracia, às instituições, às pessoas mais carentes deste país. Só na área social, em 100 dias o governo já investiu 112 bilhões”, argumenta Agnelo.
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