Covid-19: pesquisadores alertam para possibilidade de nova onda até fim do ano no Brasil
Documento assinado por universidades públicas recomenda medidas de restrição e vacinação, principalmente para crianças. Desde início da pandemia, país registrou 674.166 mortes e 33.005.278 casos conhecidos do novo coronavírus.
Uma nota técnica feita por pesquisadores de universidades públicas do país alerta para “uma clara possibilidade” de uma nova onda de Covid-19 até o fim do ano no Brasil. O documento recomenda que, para evitar o quadro, medidas de restrição e a vacinação, principalmente entre as crianças, devem ser intensificadas.Uma nota técnica feita por pesquisadores de universidades públicas do país alerta para “uma clara possibilidade” de uma nova onda de Covid-19 até o fim do ano no Brasil. O documento recomenda que, para evitar o quadro, medidas de restrição e a vacinação, principalmente entre as crianças, devem ser intensificadas.
Dados do consórcio de veículos de imprensa mostram que, desde o início da pandemia, o Brasil registrou 674.166 mortes e 33.005.278 casos conhecidos de Covid-19. Atualmente, o país enfrenta a quarta onda da pandemia que, em junho, registrou alta de 78,3% nos registros da doença.
A análise dos pesquisadores, divulgada na terça-feira (12), destaca os seguintes pontos como motivos para o aumento das infecções:
- Isolamento social cada vez menos utilizado como uma estratégia de contenção da pandemia
- Utilização de máscaras e outras medidas de higiene deixam de ser uma atitude para a maioria da população
- Inexistência de campanhas de conscientização e de orientação
A nota é assinada por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), entre outras. O documento alerta ainda para a possibilidade do surgimento de novas variantes.
“Salientamos, mais uma vez, que a pandemia está longe de ser encerrada, com o vírus circulando fortemente no Brasil e no mundo, com a possibilidade de surgirem novas variantes, que podem ser menos perigosas, ou mais mortíferas [8, 9], uma loteria que não deveríamos estar jogando”, dizem os pesquisadores.
Vacinação e mortes
Os pesquisadores afirmam que os número de mortes provocado pela Covid-19 poderia ter “atingido patamares muito maiores” se não houvesse a vacinação. No entanto, segundo os especialistas, o Brasil ainda tem “parcelas significativas da população sem o esquema vacinal completo”.
A nota técnica diz que “as muitas mortes por Covid-19 registradas diariamente, uma média de 240, são reflexo da parte da população que deixou de se imunizar”. Além disso, os pesquisadores alertam que, devido à onda atual da doença, a tendência é de que o total de óbitos aumente.
O documento explica que, como as mortes costumam ocorrer 18 dias após os primeiros sintomas, a média de óbitos registrados no país pode ficar elevado pelos próximos dois meses.
“Tal quadro ainda é preocupante, agravado pela ausência de campanhas de informação, que reforcem o papel central da vacinação para o controle da pandemia, e informando as consequências de contrair o vírus”, diz o documento.
Pandemia no DF
Desde início da pandemia, até esta quarta-feira (13) 821.763 pessoas foram infectadas pela Covid-19 no Distrito Federal. Dessas, 11.799 perderam a vida para a doença, segundo boletim da Secretaria de Saúde.
A taxa de transmissão passou de 0,83 na segunda-feira (11), para 0,78. O número indica que cada 100 pessoas infectadas podem transmitir a doença para outras 78, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Quando o índice está abaixo de 1, significa que a propagação do vírus está em desaceleração.
Fonte: g1 DF
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