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Bolsonaro faz ato em Copacabana por anistia a envolvidos no 8/1. Siga

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Apoiadores do ex-presidente se concentram na orla de Copacabana para manifestação em prol de anistia para os condenados do 8 de Janeiro

Rio de Janeiro (RJ) – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiadores realizam ato na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo (16/3). O evento acontece durante esta manhã e a tarde, em meio à expectativa da análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o chamado “Núcleo 1”, grupo que inclui o próprio Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado.

A manifestação reforça o movimento pró-anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Com a condenação de mais 63 pessoas na última semana pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o número de sentenciados já chega a 480.

O ex-presidente chegou no ponto onde o trio está parado, em Copacabana, pouco depois das 10h. Ele está acompanhado de vários políticos.

Bolsonaro e aliados, como governadores, deputados e senadores, estarão em um trio elétrico. Entre os chefes de Executivos confirmados, estão Cláudio Castro (PL-RJ), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Jorginho Melo (PL-SC) e Mauro Mendes (União-MT), além do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Também estão presentes os senadores Flávio Bolsonaro (RJ), Magno Malta (ES), Portinho (RJ), Rogério Marinho (RN), Izalci Lucas (DF), Wilder Morais (GO), Wellington Fagundes (MT) e Cleitinho (MG).

Também acompanham o evento deputados federais bolsonaristas como Nikolas Ferreira, Altineu, Sóstenes, Zucco, Helio Negão, Rodrigo Valadares, Jordy, Rodolfo Nogueira, Evair de Melo, João Roma, André Fernandes, Pazuello, Mário Frias, Felipe Barros, Ramagem e Osmar Terra, entre outros. Também está presente o vereador Carlos Bolsonaro (RJ), além de prefeitos, deputados estaduais e vereadores de vários locais.

Ainda se fazem presentes figuras de outras áreas, como o pastor Silas Malafaia, um dos principais apoiadores de Bolsonaro no meio evangélico.

Veja o evento ao vivo:

Anistia

O PL da Anistia conta com apoio de parlamentares alinhados ao ex-presidente, que tentam avançar com a proposta na Câmara dos Deputados. No entanto, conforme revelou o Metrópoles, na coluna Igor Gadelha, a iniciativa enfrenta resistência de nomes influentes, como o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que busca evitar atritos com o STF. Apesar das dificuldades, a defesa da anistia deve ganhar destaque no ato deste domingo.

Outro tema que deve ser abordado pelos manifestantes e pelo próprio Bolsonaro é a atuação do STF, especialmente do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe. O desgaste entre o ex-presidente e o magistrado não é novidade, principalmente quando Bolsonaro acusou o ministro de agir fora da lei após o indiciamento da Polícia Federal (PF), em novembro do ano passado.

Além das pautas nacionais, a manifestação busca chamar a atenção de autoridades estrangeiras, especialmente dos Estados Unidos. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que mantém proximidade com o presidente Donald Trump, tem sido criticado por partidos de esquerda, que o acusam de agir contra a soberania nacional ao tentar influenciar autoridades americanas contra o STF e o governo brasileiro. O filho “03” nega a acusação.

Veja imagens:

Denúncia contra Bolsonaro

O julgamento que decidirá o rumo da denúncia contra Bolsonaro e outros cinco investigados do “Núcleo 1” será realizado em três sessões: duas marcadas para o dia 25 de março, às 9h30 e 14h, e uma sessão extraordinária 26 de março, às 9h30.

A denúncia da PGR será analisada pela 1ª Turma do STF, composta pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia. Além de Bolsonaro, são alvos da acusação Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno e Braga Netto.

A análise não determinará se os envolvidos são culpados ou inocentes, mas apenas se a denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, será aceita. Caso seja, os investigados passarão à condição de réus e responderão criminalmente ao processo.

A expectativa é que a denúncia seja aceita pelos ministros da 1ª Turma.

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Jornalista

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