MPF aponta tentativa do governo Bolsonaro de tratar joias sauditas como bens privados do ex-mandatário
Para a procuradora do MPF Gabriela Hossri, o governo Bolsonaro utilizou os procedimentos administrativos “apenas como forma de legitimar a incorporação privada do bem”
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Um ofício assinado pela procuradora Gabriela Hossri, do Ministério Público Federal (MPF) em Guarulhos (SP), datado de 24 de abril, aponta que o governo Jair Bolsonaro (PL) tentou incorporar as joias sauditas ao patrimônio pessoal do ex-mandatário, enquanto estas deveriam ser agregadas ao patrimônio do Estado brasileiro.
Segundo o G1, no documento, a procuradora defende a necessidade de busca e apreensão na residência do capitão da corveta da reserva da Marinha Marcelo da Silva Vieira, que chefiou o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência da República (GADH) no governo Bolsonaro. Vieira teve o celular apreendido pela Polícia Federal (PF) no dia 12 de maio.
“Trata-se de processo que se iniciou com resultado definido, deixando hialina [transparente] a utilização do processo administrativo no âmbito do setor chefiado por Marcelo Vieira apenas como forma de legitimar a incorporação privada do bem”, escreveu a procuradora no ofício à Justiça.
Em seu depoimento à PF, Vieira afirmou ter recebido uma ligação do tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens de Bolsonaro, informando que, “no dia seguinte, 29 de dezembro, chegariam presentes destinados ao presidente da República e que ele, Cid, encaminharia informações ‘por meio eletrônico, inclusive o formulário de encaminhamento, e respectivas fotos, para que fossem tratados pelo GADH, pois o presente físico seria entregue ao seu titular’ – nesse caso, o presidente da República”.
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