O Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot) está em revisão para melhorar a forma como o Distrito Federal funciona, inclusive na distribuição de empregos e serviços no território. O objetivo é diminuir a necessidade de grandes deslocamentos diários, tornando o DF um lugar mais equilibrado e com mais oportunidades perto das casas das pessoas.
Para isso, o Pdot propõe um sistema de “centralidades” – que são áreas com diferentes tipos de atividades – e utiliza estratégias específicas de mudanças no território, para promover o desenvolvimento de diferentes núcleos urbanos e garantir uma oferta equilibrada de empregos e serviços.
“Essa abordagem busca descentralizar a economia do Plano Piloto e criar novas áreas de trabalho e renda nas demais regiões administrativas (RAs). Ou seja, reorganizar o DF para que as pessoas não precisem se deslocar por grandes distâncias até o local de trabalho”, explica o coordenador de Planejamento Territorial e Urbano da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF), Mário Pacheco.
A base para essas mudanças foi o estudo índice de centralidades (IC), que analisou a economia, o fluxo de pessoas e a configuração das vias no DF.
“Verificamos a quantidade de empregos e estabelecimentos formais, o fluxo de pessoas que se deslocam para trabalho e estudo, além de avaliar a estrutura das vias e sua integração nas diferentes partes do território”, destaca o coordenador. “Com isso, foram definidas as estratégias principais de intervenção urbana e as diretrizes para o tema”, ressalta.
Estratégias para o desenvolvimento econômico
As propostas se dividem em quatro estratégias principais para as áreas urbanas, além das diretrizes para as centralidades do DF. Conheça cada uma delas:
Arte: Seduh-DF
I – Estratégia de dinamização de áreas urbanas
A ideia é focar em áreas que precisam ser impulsionadas para crescer e gerar mais empregos e renda. O objetivo é descentralizar a oferta de trabalho, que atualmente está muito concentrada no Plano Piloto.
“Ou seja, dar condições, do ponto de vista do território, para que se gere oferta de empregos para além do Plano Piloto”, pontua Mário Pacheco.
Para isso, foram escolhidas áreas com grande potencial para atividades econômicas, mas que ainda não possuem muitos empregos. Inclui as principais vias urbanas das RAs e os potenciais polos de geração de emprego (aglomerados de atividades com potencial de atração de pessoas, mercadorias e serviços a nível regional).
Exemplos de áreas: Ceilândia, Taguatinga, Sobradinho, EPIA, Polo JK em Santa Maria.
II – Estratégia de requalificação de espaços urbanos
Aplica-se a áreas centrais que já estão consolidadas, mas que precisam ser melhoradas para manter a função e a vocação.
Abrange áreas que já apresentam bom desempenho tanto na organização do espaço urbano quanto na disponibilidade de atividades econômicas. O foco é aprimorar esses espaços, valorizando o que já existe.
Exemplos de áreas: SIG, SIA, SAAN, Setor Central do Gama, Taguatinga Centro, Complexo de Lazer de Brazlândia, Áreas Econômicas de Águas Claras e do Núcleo Bandeirante.
III – Estratégia de revitalização de conjuntos urbanos
Pretende preservar o patrimônio cultural do DF e atrair investimentos para áreas históricas que estão se degradando.
O objetivo é recuperar espaços com valor simbólico e histórico para Brasília que precisam de intervenções urgentes para resgatar sua identidade.
Exemplos de áreas: setores centrais do Plano Piloto; W3 Sul e Norte, Vila Planalto, Eixo Histórico de Planaltina.
IV – Implantação de subcentralidades
Refere-se à criação de novas áreas de atividade econômica em pontos estratégicos, muitas vezes ligadas a estações ou terminais de transporte público.
A ideia é promover a descentralização do emprego e da renda, distribuindo melhor as oportunidades pelo território e facilitando o acesso da população a elas.
Exemplos de áreas: Estação Terminal Samambaia, Estação Águas Claras, Paranoá, Sobradinho e Planaltina.
V – Diretrizes para centralidades locais
O Pdot fornecerá orientações gerais para o fortalecimento de centros locais, que são áreas menores, voltadas para as atividades econômicas do dia a dia da população de uma região específica.
Embora o plano diretor não detalhe as intervenções nesses centros locais, ele estabelece as orientações para que outros instrumentos de planejamento urbano desenvolvam ações específicas para eles, como a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) e o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub).
Com informações da Seduh-DF
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