youtube facebook instagram twitter

Conheça nossas redes sociais

Pelo menos, R$ 2 bi em perdas no setor agrícola com enchentes no Sul

By  |  0 Comments

Municípios gaúchos contabilizam, até ontem, R$ 9,6 bilhões em prejuízos com fortes chuvas no estado, sendo R$ 2 bilhões na agricultura. Maiores perdas ocorrem no setor habitacional, de R$ 4,6 bilhões

O prejuízo financeiro provocado pelas enchentes no Rio Grande do Sul somou R$ 9,6 bilhões até ontem, dado inferior aos R$ 10 bilhões divulgados na véspera devido à atualização de algumas prefeituras, conforme dados divulgados, ontem, pela Conforme dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). E, desse total, as perdas no setor agrícola somaram R$ 2 bilhões.

A tragédia afetou 461 municípios gaúchos, segundo dados da Defesa Civil. Segundo a CNM, os números de ontem apontavam para 155 mortos, 445 desaparecidos e 735,5 mil desabrigados ou desalojados. O maior volume de perdas segue na habitação, de R$ 4,6 bilhões.

Cidades inteiras ficaram submersas e plantações foram diretamente afetadas no RS, com destaque para as lavouras de arroz e de soja. Além disso, o setor agrícola enfrenta problemas logísticos para o escoamento dos alimentos para o restante do Brasil, já que estradas e centros de distribuição foram afetados.

Especialistas lembram que o Rio Grande do Sul é um importante produtor de arroz no país e alertam para o risco de abastecimento e de pressões inflacionárias sobre o produto que é item essencial na mesa das famílias brasileiras. “O governo já faz movimentos para importação de arroz, enquanto as federações e associações de produtores do Rio Grande do Sul garantem que, mesmo com as inundações, a colheita de 2024 ainda será 4% maior que a do ano passado”, destaca o economista e diretor da Corporate Consulting e membro do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças, Luís Alberto de Paiva. “De qualquer maneira, se houver a importação, teremos uma regulação de preços para a safra atual, mas não se perpetuará para médio e longo prazos. Essa especulação tem provocado a corrida ao varejo para compra e estocagem do produto”, ressalta o economista.

Segundo Paiva, além do arroz, outros impactos certamente ocorrerão, como o aumento dos custos na indústria moveleira, nos preços de carnes suínas, de fumo e de vinhos nacionais. “A reconstrução do estado não será rápida, o que pode gerar uma evasão de indústrias e de pessoas, agravando a arrecadação na ordem de R$ 40 bilhões anuais”, alerta o especialista.

A colheita de soja no RS tem avançado mesmo enfrentando obstáculos devido ao solo encharcado que dificulta a entrada das máquinas nas lavouras. Segundo o Informativo Conjuntural da Emater-RS, divulgado na última semana, a retirada do grão no estado alcançou 85%, marcando um progresso de sete pontos percentuais na última semana. Contudo, no mesmo período do ano passado, 91% da área plantada já havia sido colhida e a qualidade está pior. “Da soja colhida se observa redução drástica na qualidade dos grãos, em comparação ao produto obtido antes do excesso de chuvas”, destaca o diretor técnico da Emater-RS, Claudinei Baldissera. “Parte dos municípios produtores de soja optou por colher, ainda que o grão esteja em condições não favoráveis.”

Membro do Comitê de Leis e Regulamentos da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Marcelo Guaritá sai em defesa dos setor, uma vez que ele representa 1/3 do Produto Interno Bruto (PIB) e também é afetado pelas enchentes do RS. “O Brasil, cada vez mais, assume importância mundial como produtor de alimentos.” afirma.

Com informações do Correio Braziliense

Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.

Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.

Jornalista

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *