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Varíola dos macacos: Saúde do DF confirma transmissão comunitária; casos chegam a 12

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Pasta confirmou novos diagnósticos nesta segunda-feira (18). Outros 14 pacientes, com suspeita da doença, são monitorados.

Varíola dos macacos é semelhante à varíola que já foi erradicada, mas menos severa e menos infecciosa — Foto: Science Photo Library

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal confirmou, nesta segunda-feira (18), a transmissão comunitária da varíola dos macacos (“monkeypox”) em Brasília. Isso quer dizer que não é possível rastrear qual a origem da infecção e que o vírus já circula entre as pessoas, independentemente de terem viajado ou não para o exterior.

Conforme a pasta, novos casos da doença foram detectados e o total de infecções subiu para 12. Nesta segunda, a Saúde recebeu a notificação de mais dois pacientes que tiveram resultado positivo para a doença em um laboratório da rede privada.

“As amostras serão encaminhadas para validação junto ao laboratório de referência nacional do Ministério da Saúde“, diz a pasta.

A secretaria disse ainda que registrou “mais um caso provável” da doença. O paciente foi identificado por meio de busca de contatos, porém, ele não tem mais lesões viáveis para confirmação laboratorial.

Outros 14 casos suspeitos estão em investigação. Os pacientes, segundo a pasta, são de:

  • Águas Claras
  • Ceilândia
  • Itapoã
  • Plano Piloto
  • Park Way
  • São Sebastião
  • Vicente Pires
  • Riacho Fundo II

Orientações

A Secretaria de Saúde emitiu uma nota técnica aos profissionais das redes pública e privada do Distrito Federal, com orientações para o tratamento e o manejo da doença. Segundo o comunicado, pacientes com suspeita da varíola dos macacos devem ser mantidos em áreas separadas, até receber atendimento.

Eles também precisam usar máscara desde o momento em que forem identificados, na triagem. O material colhido do paciente é encaminhado para análise do Laboratório Central (Lacen).

A orientação é de que, caso a pessoa esteja “em bom estado geral”, não há necessidade de internação. Os pacientes devem cumprir isolamento domiciliar.

Prevenção ao contágio

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal orienta que profissionais da área evitem o contágio entre si. A recomendação, é de que sejam implementadas medidas de prevenção e controle de infecção nas unidades de saúde.

“Os serviços de saúde devem elaborar, disponibilizar de forma escrita e manter disponíveis, normas e rotinas dos procedimentos envolvidos na assistência aos casos suspeitos ou confirmados de Monkeypox”.

As unidades de saúde devem informar:

  • Fluxo dos pacientes
  • Procedimento de colocação e retirada de equipamento de proteção individual (EPI)
  • Procedimento de remoção e processamento de roupas, artigos e produtos usados na assistência
  • Rotinas de limpeza e desinfecção de superfícies
  • Rotinas para remoção dos resíduos
  • Rotina de transporte dos pacientes

O que é a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:

  • Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
  • De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
  • Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
  • Da mãe para o feto através da placenta;
  • Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
  • Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

Fonte: g1 DF

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Jornalista

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