Política

Líder comunitário do Sol Nascente apresenta demanda para pré-candidatos do PT

By Jeová Rodrigues | 25 de julho de 2022 0 Comments

Em um encontro na região do Trecho 3, em Sol Nascente, o líder comunitário, Valmir, falou sobre os principais problemas que a população local tem enfrentado ultimamente. Valmir também comentou a respeito da gestão do ex-governador Agnelo Queiroz, que esteva presente na reunião junto com o ex-distrital, Ricardo Vale – ambos são pré-candidatos a deputado federal e distrital, respectivamente.

Recém-criada, a região do Sol Nascente/Pôr do Sol foi desmembrada de Ceilândia durante os primeiros anos do mandato de Ibaneis Rocha (MDB). Com a promessa de se tornar independente para conseguir mais recursos para a infraestrutura, a região, segundo Valmir, encontra-se, hoje, esquecida pelo poder público.

Segundo ele, a proposta de ter uma administração local para recorrer em prol da melhoria da qualidade de vida da população, na prática, não acontece. Como exemplo, Valmir citou a condição do transporte público que, de acordo com ele, não atende toda a região do Sol Nascente.

Ao falar sobre as demais demandas da região, Valmir destacou algumas intervenções que foram feitas na cidade durante o governo de Agnelo. Ele lembrou primeiro sobre o a pavimentação de ruas, que hoje possibilita a região ser atendida pelo transporte público. Foi durante o governo do petista que também foi construída quadras de esporte, houve a duplicação da avenida do supermercado Trem Bão, e só não ocorreu a construção de creches por o Tribunal de Contas do DF teria suspendido o processo de execução das unidades.

“Por isso, nós temos aqui no Sol Nascente, no trecho 3, a falta de escola pública, tanto para o nível médio, nível fundamental e pré-escola”, diz Valmir.

O líder comunitário disse que o governo precisa fazer a regularizar fundiárias de algumas áreas no Sol Nascente para que espaços públicos, como creches, postos de saúde e outros, sejam construídos para atender a população que hoje precisam se descolar até Ceilândia – como já faziam antes da região se tornar administrativa – para ter acesso a serviços públicos.

“É preciso trazer o mínimo de dignidade para nossa população. Nós poderíamos estar buscando votos e pedindo apoio para pessoas que têm muito dinheiro e que, inclusive, já nos procuraram. Mas eu acho que o grande desafio da gente são obras que a nossa população precisa”, argumentou Valmir, ao se dirigir aos pré-candidatos Agnelo Queiroz e Ricardo Vale.

Com a proposta de transformar o Sol Nascente, com a retomada das obras de infraestrutura em vários pontos da região, a atual gestão não tem cumprido com o a execução do serviço, segundo Valmir. Para ele, a maioria dos problemas enfrentados pelos moradores, principalmente em tempo de chuva, quando as ruas da cidade ficam intransitáveis, permanecem mesmo depois de algumas intervenções do governo na região. Ele ainda criticou a inoperância por parte da administração local. “Mas a administração não define, a definição vem de cima. Então, quando quem está lá não tem interesse de resolucionar determinado problema, o problema se arrasta por muito tempo”, afirma.

Valmir lembra que os problemas enfrentados pela população do Sol Nascente/Pôr do Sol para serem revolvidos precisam de uma atenção maior da parte do governo, conforme teria sido feito no governo de Agnelo. “Tínhamos naquela época, a Busca Ativa, você precisava do atendimento do Cras, o Cras vinha até você. Por quê? Porque o governo fazia os investimentos necessários, era botado o recurso necessário para fazer o atendimento das pessoas aqui dentro”, lembra.

O líder comunitário também comentou a respeito da Gerência Alimentar que existiu durante o governo de Agnelo e que, segundo ele, tinha a função de visitar e assistir as famílias que se encontravam em situação de vulnerabilidade social. “Se você for no Cras hoje, você fica na fila e não é atendido”, afirma.

Ao direcionar seu discurso para o pré-candidato a deputado federal, Angelo Queiroz, e o pré-candidato a deputado distrital, Ricardo Vale, Valmir foi taxativo e disse que irá, da parte dele, tentar conscientizar a população a votar em pessoas que sejam de fato conhecedores dos problemas da região.

“E nós aqui em baixo, nós aqui que estamos na ponta, que estamos aqui com o pé na lama, comendo poeira, sofrendo todas dificuldades que têm, nós precisamos saber se nós queremos um deputado que na hora da eleição chega aqui com o bolso cheio de dinheiro e dá R$ 30, R$ 50, R$ 100 para você votar, ou se você quer a dignidade no pós-eleição e a dignidade nos serviços públicos que a gente tanto necessita”, ponderou Valmir.