Fábio Felix, membro da CPI dos Atos Antidemocráticos na CLDF, fala sobre prorrogação das investigações e que o país sofreu ‘a conspiração para um golpe de Estado’
Para o deputado distrital Fábio Felix (Psol) as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) vão provar que o país sofreu, no final do ano passado e depois no dia 8 de janeiro deste ano, uma tentativa de golpe de Estado. Segundo o distrital, já há várias frentes de investigação que corroboram a tese de que os militantes que apoiavam o ex-presidente Jair Bolsonaro queriam a derrubada e o impedimento do recém-eleito governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
“Frentes para investigar quem foram os financiadores, o papel das Forças Armadas, da cúpula da Polícia Militar, se houve omissão dolosa, se houve prevaricação, ou cometimento de outros crimes, como a conspiração para um golpe de Estado neste país”, diz Felix.
Ainda segundo o deputado, é “intolerável, é inaceitável”, que pessoas, muitos militares e funcionários públicos, tenham “atentando contra a democracia brasileira e contra a nossa ordem constitucional”. “Já temos coronéis da PM presos. Agora pedimos a prorrogação da CPI por mais 90 dias. Mas mesmo assim nós não temos dúvidas de que há necessidade de uma investigação específica que envolva as forças armadas”, diz. De acordo com ele, as forças armadas e seus representantes serão objeto do escopo da CPMI que acontece no Congresso Nacional.
Mandato
O distrital, que falou com o TaguaCei, nos corredores da CLDF, falou sobre seu mandato e pontou como tem sido sua atuação, já que Félix foi o deputado distrital mais votado na última eleição. Ele conta que seus projetos tem sido direcionados para áreas como Cultura – “colocado um olhar especial para o que fortalece a diversidade e os diretos humanos”; também foi realizado um edital voltado para contemplar projetos pedagógicos, que segundo o deputado, irá viabilizar a execução de mais de 100 projetos escolares voltados para laboratórios, sustentabilidade, combate ao racismo e outros.
Ainda sobre educação, Felix falou sobre as escolas militarizadas que foram implantadas no primeiro mandato do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), mas que continuam sendo a exceção, já que a grande maioria das escolas permanecem no modelo tradicional. “A polícia militar não tem formação para estar nas escolas. Não é o caso mais de militarização das escolas. No meu ponto de vista isso significa precarização (do ensino), e tratar as escolas das periferias do DF como se fossem território de criminalidade em si. É preciso avaliar a situação de cada escola, o lugar de polícia é fora da escola combatendo a criminalidade, por meio do batalhão escolar”, afirma.
Câmeras corporais
Ao comentar sobre os projetos de sua autoria para este segundo semestre, Fábio Felix destacou o projeto de lei que pede a inclusão de câmeras corporais nas fardas dos policiais militares do DF. A expectativa do distrital, é de que o projeto deve ser apreciado ainda este ano. “Que as polícias militares do DF possam incluir as câmeras corporais como uma forma de proteção dos direitos humanos e da dignidade das pessoas.”
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