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Vilma Nascimento, alvo de abordagem racista em Brasília, será homenageada no Rio

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Porta-bandeira da Portela será homenageada em parada LGBTQIA+ em Madureira e em evento que ocorre na Alerj

A sambista Vilma Nascimento, de 85 anos, porta-bandeira da Portela, que foi alvo de uma abordagem racista no Aeroporto de Brasília, será homenageada em dois eventos que ocorrem neste domingo (26), no Rio de Janeiro. Ela receberá o título de “Rainha d Diversidade” na 20ª edição da Parada LGBTI+ de Madureira. Além disso, também será agraciada com o Prêmio Dandara, homenagem da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

O caso suspeito de racismo aconteceu em uma loja no Aeroporto de Brasília, na terça-feira (21), após ela participar de uma homenagem, no Congresso Nacional, pelo Dia da Consciência Negra. Uma investigação foi aberta na Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência após representação por parte da curadora de uma exposição que ocorreu na Câmara.

A abordagem se deu por parte de uma segurança da Dufry Brasil. Em nota, a loja pediu desculpas e se comprometeu a revisar seus procedimentos. Vilma estava saindo do local quando foi abordada pela segurança, que pediu que ela retirasse as coisas da bolsa.

A sambista estava com a filha, Danielle Nascimento. “A senhora esqueceu de pagar alguma coisa, mãe?”, perguntou ela. “Não comprei nada, como vou esquecer de pagar?”, rebateu Vilma. A filha então completou: “Não fala nada. Só faz o que ela está pedindo e depois a gente vê”, completou a porta-bandeira.

A Parada de Madureira foi interrompida e não ocorreu no ano passado. Com o retorno do evento, personalidades serão homenageadas. O evento se concentra logo pela manhã em frente a quadra da Império Serrano. Na parte da noite, acontecem apresentações da Império e da Portela.

Em entrevista ao O Globo, Vilma afirmou que o episódio representou um trauma, embora não tenha sido a primeira vez que passou por uma situação de racismo. “Mal dormi esses dias. Fiquei muito nervosa. Estou suportando tudo isso graças ao apoio da minha família e amigos. Foi uma vergonha. Todo mundo estava olhando. Nunca me senti tão desrespeitada”, disse.

Com informações do Correio Braziliense

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Jornalista

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