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Moraes rejeita pedido de deputado bolsonarista para visitar Anderson Torres

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Ministro do STF Alexandre de Moraes entendeu que deputado Capitão Augusto (PL-SP) queria autorização para visitar Anderson Torres para interesse privado, e não público. Ex-secretário de Segurança Pública do DF não quer receber visitas

 (crédito: Ed Alves/CB/D.A.Press)

(crédito: Ed Alves/CB/D.A.Press)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou, nesta terça-feira (25/4), pedido do deputado Capitão Augusto (PL-SP) de visitar o ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres, preso desde 14 de janeiro e investigado por omissão em atos golpistas.

O parlamentar encaminhou o pedido ao ministro na segunda-feira (24/4), solicitando que fosse deferida a visita dele a Torres, que está preso no 4° Batalhão de Polícia Militar (PMDF). No entanto, Moraes entendeu que o pedido formulado pelo deputado e endereçado ao STF não cumpre com os requisitos da função dele como deputado federal.

“Não tem a intenção de visita institucional para os fins de sua atividade parlamentar, mas, tão somente ‘uma breve visita de cortesia’. Vê-se pois, que o requerente busca a autorização para efeito de interesse privado e não o público no pleito formulado, sem qualquer fundamento legal”, escreveu Moraes.

Com isso, o pedido foi indeferido. A reportagem do Correio também apurou que Torres não quer receber nenhuma visita, a não ser dos familiares e de seus advogados.

Depoimento adiado

Polícia Federal acolheu o pedido da defesa de Torres e adiou o depoimento dele, marcado para segunda-feira (24/4), na sede da Polícia Federal. A data para um novo depoimento será definido pela corporação nos próximos dias.

A defesa de Torres pediu, na manhã de segunda-feira (24/4), que o depoimento fosse adiado devido ao estado emocional e cognitivo do ex-secretário, que “sofreu uma drástica piora”. Os advogados argumentaram que um laudo da Secretaria de Saúde do DF, feito no sábado (22/4), atestou que Torres está impossibilitado de participar de audiências por uma semana, devido a “questões médicas”. O pedido foi antecipado pela colunista do Correio Ana Maria Campos.

Participação em blitz nas eleições

Segundo investigação da PF, Anderson Torres, então ministro da Justiça do governo Bolsonaro, foi pessoalmente à Bahia angariar o apoio da PRF para a realização de operações, mirando eleitores de Lula, apesar de proibição determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também teria produzido um documento de inteligência com as regiões onde o petista venceu no primeiro turno, para basear as operações.

O laudo realizado pela Secretaria de Saúde do DF aponta que Torres está deprimido, tomando medicação e que emagreceu cerca de 10kg desde que foi preso. O ex-secretário completa hoje 100 dias na prisão, suspeito de omissão frente aos ataques terroristas de 8 de janeiro, na capital federal. Segundo integrantes da defesa, o documento aponta, inclusive, risco de suicídio.

Com informações do portal Correio Braziliense

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Jornalista

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