Governo quer criar política entre PF e Forças Armadas para coibir armas
Até setembro deste ano, foram apreendidos 48 fuzis na Bahia, que enfrenta uma grave crise na segurança pública
Declaração vem em meio a uma crise de segurança pública na Bahia, que já teve o ministro Rui Costa como governador – (crédito: Casa Civil/BR/Flickr)
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou, nesta segunda-feira (25/9), que a estratégia do governo para combater a presença de fuzis e outras armas pesadas no país é criar uma política em comum entre as Forças Armadas e a Polícia Federal. A informação foi dada ao blog da jornalista Andreia Sadi.
“Eu conversei com [Flávio] Dino [ministro da Justiça e Segurança Pública] e queremos uma política conjunta da PF e das Forças Armadas para conter fuzis no Brasil e de armas pesadas também. É preciso padronizar os números de crimes para comparação, é isso que defendo, mas claro que os números são uma tragédia em todo Brasil. E piorou muito no governo Bolsonaro, quando teve o liberou geral de armas pesadas, como fuzis”, comentou Costa.
A declaração vem em meio a uma crise de segurança pública na Bahia, que já teve o ministro como governador. A questão levou o governo federal a firmar um acordo com o estado para combater o crime organizado. Até setembro deste ano, como aponta a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), as forças de segurança já apreenderam 48 fuzis, mais que o dobro dos 22 armamentos do tipo apreendidos ao longo de 2022.
Até o momento, pelo menos 46 pessoas morreram pelos confrontos entre a polícia e criminosos em bairros periféricos de Salvador, dentre eles o policial federal Lucas Caribé. Cinco homens morreram em conflito com a polícia do município de Crisópolis (BA) na madrugada de sábado (23). Segundo a Polícia Militar, o objetivo da operação era o combate ao tráfico de drogas.
No último domingo (24), o ministro Flávio Dino descartou intervenção federal na segurança do estado, embora reconheça que a situação na Bahia é desafiadora. “Não se cogita por uma razão: o governo do estado está agindo. A intervenção federal só é possível quando, de modo claro, inequívoco, o aparato estadual não está fazendo nada”.
Com informações do Correio Braziliense
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