youtube facebook instagram twitter

Conheça nossas redes sociais

Rede de saúde do DF entra em colapso por dengue, diz governador; já são mais de 50 óbitos e mais de 100 mil casos da doença na capital federal

By  |  0 Comments

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afirmou que as redes de saúde da capital, tanto pública quanto privada, entraram em colapso no atendimento em meio à explosão de casos de dengue. Desde o dia 25 de janeiro, o DF está em estado de emergência no âmbito da saúde pública em razão da doença, assim como outros estados do país.

A declaração foi feita na quinta passada em almoço com empresários, em Brasília, e noticiada por veículos de imprensa. A assessoria do governador confirmou a fala à reportagem da Empresa Brasil de Comunicação.

“Os hospitais tanto da rede pública como da privada do DF já entraram em colapso. Nós estamos vivendo uma crise muito grande. Com foco em reduzir esses impactos, nós publicamos ontem (21) um decreto ampliando o atendimento nas unidades básicas de saúde e das tendas de hidratação. O momento é grave, mas nós ainda não chegamos no pico da epidemia. O que nós queremos agora é acolher a população da melhor maneira possível”, declarou Ibaneis.

Os casos de dengue no DF em 2024 – registrados até 17 de fevereiro – aumentaram 1.351,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Houve 84.151 ocorrências suspeitas da doença, das quais 81.408 são classificados como casos prováveis pela própria Secretaria de Saúde. Em 2023, foram 5.484 casos prováveis da doença. 

Óbitos

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) divulgou, no final da tarde desta segunda-feira (26/2), o boletim de casos e óbitos por dengue no Distrito Federal. De acordo com a pasta, 55 pessoas morreram pela doença entre 1° de janeiro e 24 de fevereiro.

Os números constam no boletim epidemiológico. Os dados atualizados pela pasta citam que a capital federal ultrapassou os 100 mil (100.558) casos prováveis da doença. Dos casos, 97,9% são moradores da capital federal, enquanto os demais são residentes de outros estados, como Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

Ceilândia apresenta o maior número de casos desde o início do ano, com 17.477, seguida de Taguatinga (5.329), Sol Nascente/Pôr do Sol (5.042), Brazlândia (4.807) e Samambaia (4.268). Já Brazlândia segue sendo a região administrativa com a maior taxa de incidência, com 7.249,94 casos por 100 mil habitantes.

Perfil das vítimas

A maioria dos óbitos é de homens, com 30 mortes confirmadas, enquanto as mulheres são 25. O maior número de mortes é de pessoas entre 60 a 69 mortes (12), seguido de 70 a 79 (10) e 80 anos e mais (9).

A região administrativa com mais mortes é Ceilândia, com 10 casos, seguido do Recanto das Emas (5), Samambaia (4) e Taguatinga (4). A pasta investiga 82 óbitos.

Casos

O Distrito Federal é o local com a maior taxa de incidência de dengue e número de mortes pela doença no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde.

A unidade da federação tem 2.938 casos prováveis por 100 mil habitantes, além de 35 mortes confirmadas. O governo local, porém, contabiliza 38 mortes e afirma que outras 72 estão em investigação.

No início deste mês, a Força Aérea Brasileira (FAB) montou um hospital de campanha no DF para fazer lidar com a crise sanitária. O órgão afirma que realizou mais de 20 mil procedimentos no local, como atendimentos médicos, exames e transferência de pacientes para tratamento em hospitais.

Atrás do DF, o Paraná é o segundo estado do país com mais mortes confirmadas pela dengue, sendo 26, conforme dados do Ministério. Minas Gerais tem a segunda maior incidência da doença, com 1.309 casos prováveis por 100 mil habitantes.

Providências

O deputado distrital Jorge Vianna (PSD) criticou a dispensa de trabalhadores temporários da saúde no ano passado. “A Secretaria de Saúde abriu mão de mil funcionários de atenção primária, sendo 500 agentes de vigilância ambiental e, em contrapartida, contratou apenas 75 concursados. No ano passado, nós alertamos que essa epidemia de dengue poderia acontecer. Quero adiantar minha posição: sou contra ampliar o IGES-DF. Temos várias outras formas de ajudar a população neste momento. Se o governo nomear os concursados tenho certeza que eles virão compromissados com o combate à dengue. Há um déficit hoje de pelo menos 5 mil técnicos de enfermagem, mil agentes de vigilância e 800 enfermeiros, segundo números do próprio governo”, afirmou o deputado em sessão do dia 6 deste mês.

Para Gabriel Magno (PT), a crise da dengue foi construída pelo governo. “Denunciamos no ano passado que a suspensão dos contratos temporários na saúde levaria a uma crise. Demitiram mil e contrataram 75. Eu disse aqui nesta tribuna que parecia que a construção do caos na saúde serviria depois para justificar mais uma vez a ampliação do IGES. É o que aconteceu. Sabemos da urgência da abertura de novos leitos no DF, mas, se o governador quiser, ele pode nomear agora. Está tudo previsto na LDO”, apontou o distrital também na mesma sessão.

Fábio Félix (PSOL), ainda na mesma sessão, criticou a proposta de ampliação do IGES neste momento. “Isso agora é uma faca no pescoço da CLDF, pois aqui não tem nenhum deputado contra a criação de leitos. Ora, estamos precisando de leitos porque não fizeram prevenção. Se o governo quer que votemos a ampliação de leitos emergenciais, precisa apresentar também um cronograma de nomeações na Secretaria de Saúde”, cobrou.

Denunciar

Desde o início de fevereiro, o GDF disponibiliza canais de atendimento para que a população denuncie possíveis locais que sejam foco do Aedes aegypti. O mosquito é o transmissor da dengue, doença que está em alta no Distrito Federal.

O cidadão que identificar locais com água parada ou com entulhos acumulados pode ligar nos telefones 199, 162 e 160.

Com informações da Agência Brasil, Correio Braziliense, portal Metrópoles, CLDF e Agência Brasília

Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.

Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *