Senador voltou a atacar a ministra do Meio Ambiente e se recusou a pedir desculpas, o que motivou a saída de Marina Silva da audiência na Comissão de Infraestrutura
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deixou a reunião da Comissão de Infraestrutura do Senado, nesta terça-feira (27/5), após novo ataque do senador Plínio Valério (PSDB-AM). Durante a sessão, Plínio afirmou: “Porque a mulher merece respeito, a ministra não. Por isso que eu quero separar”.
Marina, que estava presente na condição de convidada para discutir pautas ambientais e de infraestrutura, reagiu imediatamente e exigiu um pedido de desculpas. “Se o senhor não pedir desculpa, eu vou me retirar”, declarou.
O senador, no entanto, não recuou. “Se Vossa Excelência quiser se retirar, Vossa Excelência pode se retirar”, respondeu. Diante da negativa, Marina decidiu deixar a comissão. Antes, destacou que havia sido convidada enquanto ministra e que não poderia permanecer após ouvir que não era respeitada nessa função. O episódio marca mais um embate entre a ministra e Plínio Valério, que, em outra ocasião, já havia afirmado que teve dificuldade em passar “seis horas e dez minutos” com Marina “sem enforcá-la”.
Após sair da audiência, Marina criticou a postura do parlamentar. “Eu sou ex-senadora, sou ministra do Meio Ambiente, foi nessa condição que fui convidada. Ouvi um senador dizer que não me respeita como ministra, eu não poderia ter outra atitude”, afirmou. Ela também lamentou os ataques e alertou para o desmonte da legislação ambiental em curso no Congresso, afirmando que “quem tem mandato vota por convicção e não por obrigação”.
A ministra encerrou reforçando que sua luta é pela proteção dos recursos naturais do país e que o debate sobre o licenciamento ambiental deve ser feito com responsabilidade. “Eles pensam que estão agredindo uma pessoa, mas estão agredindo um povo, o futuro de um povo”, ressaltou. Marina ainda criticou a tentativa de retroceder nas leis ambientais, afirmando que “o licenciamento ambiental é uma conquista da sociedade brasileira” e que a atual proposta ameaça a própria agenda ambiental e econômica do país.
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