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Planalto aposta em novos tempos com o Congresso

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Câmara e Senado vão escolher seus próximos presidentes neste sábado (1º de fevereiro). Com novos nomes no comando do Legislativo, a esperança do governo é de que a relação com o Congresso melhore. O ano de 2024 foi marcado por atritos e críticas de líderes partidários à equipe de articulação política do Planalto. O Executivo teve de fazer adaptações para que as conversas com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), continuassem a resultar em matérias aprovadas na Casa. Um desses casos foi quando o deputado bateu o pé e disse que não conversaria mais com o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais). Quem assumiu as negociações foi Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil.

Em meio às críticas a Padilha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa do ministro e o manteve na SRI. No fim do ano, depois da aprovação do pacote de corte de gastos — que teve mérito dos líderes do governo no Congresso, na Câmara e no Senado e dos presidentes das duas Casas —, Padilha saiu fortalecido.

É dele, por exemplo, a responsabilidade de negociar com os ministérios a viabilidade de um pedido feito por Lula ao primeiro escalão na semana passada. O presidente quer que os titulares de pastas que têm mandato de deputado ou senador se licenciem temporariamente para retornar ao Congresso e votar em Hugo Motta (Republicanos-PB) e em Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), os favoritos para vencer a disputa na Câmara e no Senado, respectivamente.

Ao Correio, Padilha se disse otimista com a nova fase do Congresso. Afirmou avaliar positivamente a relação com o Legislativo nos dois primeiros anos de governo. Ele argumentou que houve uma alta taxa de aprovação de projetos no período.

“Tenho certeza de que a parceria de sucesso do governo federal com o Congresso Nacional, nos dois últimos anos, que aprovaram medidas de prosperidade da agenda econômica e social, vai permanecer em 2025/2026. Essa parceria nos levou à maior taxa de aprovação de projetos desde a redemocratização”, pontuou o ministro.

Padilha aproveitou para criticar a gestão federal anterior, que, segundo ele, tinha uma relação nociva com o Parlamento. “Saímos do governo Bolsonaro, que mantinha um relacionamento tóxico com o Congresso Nacional e o Judiciário e construímos um verdadeiro programa de reabilitação das relações institucionais. Essa relação sabe da necessidade e da importância do diálogo na construção de pautas compartilhadas para o bem do Brasil”, frisou. “Tenho certeza de que ela vai continuar benéfica na nova composição das mesas, tanto da Câmara quanto do Senado”, acrescentou.

Oposição

Se Padilha e o governo têm motivos para comemorar, a oposição articula para que a eleição também a beneficie. Bolsonaro, por exemplo, foi questionado — durante uma entrevista à publicação de extrema-direita Revista Oeste — sobre o motivo de o PL apoiar Alcolumbre para a Presidência do Senado, apesar de o candidato ter recebido o aval da gestão petista. O ex-presidente disse que Alcolumbre já está eleito e que o interesse do PL é negociar a 1ª vice-presidência.

“O que nós estamos negociando com esse apoio é a primeira vice-presidência. A primeira vice você já participa da Mesa. Você pode, numa ausência do Alcolumbre, botar em votação o projeto da anistia. A gente não quer esperar a anistia para um futuro presidente de direita, caso seja eleito em 2026 e vai tomar posse em 2027. Tem um pessoal que está preso aqui que é uma tortura”, afirmou.

O PL tem um candidato “não oficial”, por assim dizer, para a Presidência do Senado. Trata-se do senador Marcos Pontes (PL-SP), que foi ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações no governo Bolsonaro. Contrariando a orientação do partido, o parlamentar lançou sua candidatura de forma independente, o que irritou o ex-presidente e a cúpula da legenda.

“Marcos Pontes, que está disputando a presidência, boa sorte a você. Mas eu lamento você estar nessa situação, porque você sabe que não tem como ganhar. O voto é secreto, e se nós embarcarmos na sua candidatura, que eu acho muito melhor que outras aí, nós vamos ficar sem comissões”, disse o ex-presidente em entrevista a um canal bolsonarista na última semana.

Em outra entrevista, sem mencionar o nome do senador, o ex-presidente disse haver “oportunistas” no PL e enfatizou esperar que o partido faça “uma limpa” em seus quadros para as eleições de 2026.

Ao longo dos próximos dias, diversos deputados e senadores vão retornar a Brasília pela primeira vez desde o início do recesso, em 23 de dezembro. O foco dos líderes partidários estará na definição de postos-chave nas duas Casas, assim como no caso do PL com a 1ª vice-presidência do Senado.

Mesas Diretoras

Tanto as eleições quanto a definição dos cargos das Mesas Diretoras ocorrerão no sábado. Na Câmara, os deputados terão até as 9h desse dia para oficializar a formação de blocos parlamentares. Às 11h, os líderes vão se reunir para a escolha dos cargos da Mesa Diretora. O prazo para apresentar candidaturas se encerra às 13h30. A eleição está marcada para as 16h.

No Senado, haverá reuniões preparatórias às 10h para eleger o presidente, e às 11h para a escolha dos demais integrantes da Mesa Diretora. Nesse mesmo dia, os senadores também vão definir quem vai comandar as 16 comissões temáticas da Casa, assim como seus integrantes.

Com informações do Correio Braziliense

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