Deputado federal Rubens Otoni conclama população a fiscalizar votação das reformas da Previdência e trabalhista
As reformas da Previdência (PEC 287/16) e a trabalhista (PL 6787/16) que estão para serem votadas na Câmara dos Deputados tem recebido críticas por parte da oposição. O deputado federal Rubens Otoni é um desses parlamentares que se posicionam contra tal medida, que está sendo encabeçada pelo governo federal. De acordo com o deputado, que participou de um ato de repúdio às reformas, ocorrido dias atrás na Casa, caso essas matérias sejam aprovadas, elas retirarão direitos dos trabalhadores. A falta de informação e esclarecimento por parte do governo também foi criticada pelo deputado. “O governo não divulgou dados que realmente convencessem a população. Há, de certa forma, um manuseio dos dados para colocar o foco apenas na Previdência Social, quando a gente sabe que a Previdência também é abastecida com recursos da Seguridade Social”, afirmou.
As reformas
Para o parlamentar, a reforma da Previdência, por exemplo, representará o seu “desmonte”. ““Aos nossos jovens, estão reservados 49 anos de contribuição se ele trabalhar 49 anos sem parar. Em um país com tanta rotatividade, quem vai ter um emprego fixo de 49 anos? E não é para receber a aposentadoria integral. É para receber a média”.
Sobre a reforma trabalhista, Otoni é enfático ao defender que sua aprovação resultará num retrocesso de direitos que levará a sociedade de volta aos século 18. “É dizer que o trabalhador só trabalhará com a corda esticada e só ganhará nos dias de pico. O negociado prevalecer sobre o legislado também significa isso”, argumentou.
Apoio popular
Na visão do deputado, a discussão sobre as reformas precisam ganhar apoio popular. Segundo ele, elas precisam ser discutidas e acompanhadas pela população para que prevaleça, durante as votações, a voz do povo. ““Precisamos a partir de agora fazer uma campanha muito forte para o nosso povo mais humilde. Estão querendo passar a ideia de que a reforma vem para garantir a aposentadoria no futuro. Se não formos capazes de contrapor essa mentira teremos uma parcela da sociedade acreditando que o governo está preocupado com os trabalhadores e trabalhadoras do nosso País.”
As duas reformas estão sendo discutidas em duas comissões especiais. Suas audiências têm durante quase toda semana. A ideia do governo é votá-las ainda no primeiro semestre deste ano.