Deputado federal Rubens Otoni vota contra o PL da terceirização é afirma que o projeto irá precarizar as condições de trabalho dos brasileiros
O deputado federal Rubens Otoni (PT-GO) participou da votação do Projeto de Lei (PL) nº 4.302 ocorrida na Câmara dos Deputados no último dia (22). O PL, que trata da terceirização generalizada em todas as atividades das empresas, sejam elas públicas ou privadas, foi aprovado por 231 votos a favor, 188 contra e oito abstenções. Um dos votos contrários ao projeto foi do deputado Otoni, que seguindo a bancada do Partido dos Trabalhadores, rejeitou a proposta.
A votação ocorreu sob protesto por parte dos trabalhadores e das centrais sindicais, como por exemplo, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que defende a ideia de que o PL – que foi formulado em 1998 – irá precarizar ainda mais as condições de trabalho dos brasileiros. Para a bancada do PT, por exemplo, o projeto vai fazer com que a terceirização sem limites ameace também os empregos formais.
Rubens Otoni
De acordo com a assessoria de comunicação do parlamentar, o PL é mais um ataque do atual governo de Michel Temer contra a população brasileira. Segundo Otoni, a aprovação do projeto nada mais é do que outra fase do “golpe contra os direitos da classe trabalhadora”.
“Mais que nunca precisamos continuar o trabalho de informação sobre o pacote de maldades do governo, avançar na conscientização do que está por trás de cada proposta e reforçar a mobilização envolvendo cada vez mais setores da sociedade”, afirma o deputado.
Porém, nessa mesma votação do dia (22), o deputado percebeu que o governo, considerado por ter uma base forte no Congresso Nacional, está perdendo força, justamente por colocar em votação medidas antipopulares. Para Otoni, o resultado (231 a 188) demonstra que sua base já não se mostra tão fiel, quanto foi na votação da PEC 55, que limitou os gastos públicos por 20 anos.
Assim, o parlamentar acredita que é preciso continuar mobilizando a sociedade, para que os próximos projetos, como as reformas da Previdência Social, a Trabalhista e a Política, não sejam aprovadas sem a participação da sociedade.
Otoni sugere que é preciso distribuir “material informativo” e realizar “reuniões, audiências públicas, plenárias, manifestações de rua”, para que aconteça o desmascaramento do atual governo, que, para ele, é um “governo ilegítimo”.