Eleições DF: PT versus PT
Rosilene, como demonstraram os números do diretório – 39 a 9 – , congrega a maior quantidade de apoios internos. Mas quando a análise leva em consideração o eleitorado candango, seu nome ainda patina e está muito atrás de outro pretendente da legenda, o ex-deputado Geraldo Magela, que pontua no primeiro pelotão de pretendentes de uma cadeira do GDF.
O título dessa nota faz relembrar o drama familiar retratado no filme Kramer versus Kramer, no qual as aparências externas da família que dá nome ao filme, não retratam exatamente o conflito interno existente. A situação é semelhante ao que ocorre no diretório regional do PT, maior partido em termos de filiados na Capital Federal. Seus quase 32 mil filiados. Unidos, já garantem um deputado distrital. Mas união é uma situação difícil de ser construída. A reunião do diretório regional do partido, que apontou a professora Rosilene Corrêa como pré-candidata ao GDF, longe de demonstrar uma pacificação interna, revela a disputa silenciosa que ocorre nas instâncias internas do PT.
Rosilene, como demonstraram os números do diretório – 39 a 9 – , congrega a maior quantidade de apoios internos. Mas quando a análise leva em consideração o eleitorado candango, seu nome ainda patina e está muito atrás de outro pretendente da legenda, o ex-deputado Geraldo Magela, que pontua no primeiro pelotão de pretendentes a uma cadeira do GDF.
Nas redes sociais, o PT divulgou foto de Rosilene ladeada pelas principais lideranças locais, como os distritais Chico Vigilante e Arlete Sampaio e a federal Erika Kokay. Magela não perdeu tempo e rebateu: “A votação realizada no Diretório Regional tem apenas valor simbólico. A decisão final sobre o nome que representará o PT na eleição para o governo do Distrito Federal será tomada pela Executiva Nacional após votação no Encontro Regional. As datas para estas votações ainda não estão definidas. O nome do companheiro Geraldo Magela está mantido para avaliação das instâncias que vão realmente decidir” – disse em nota.
Federação
A decisão do diretório regional do PT é apenas uma demonstração pública, mas não tem valor pra escolha definitiva. Foi previamente acordado que essa decisão seria da direção nacional, não apenas do PT, mas de toda Federação que irá congregar, também o Partido Verde e o PC do B.
E é aí que mora mais um problema para o PT-DF. Na federação se posicionaram quatro postulantes ao GDF: Magela e Rosilene, pelo PT; Leandro Grass, do PV, e João Vicente Goulart – o Jango Filho, pelo PCdoB. Comenta-se a existência de um suposto acordo do PV nacional com o PT nacional, no qual a única exigência do PV para integrar a Federação seria dar a legenda a Leandro. Os demais partidos negam.
Resumindo: na federação é necessário resolver se o candidato ao GDF será do PT, do PV ou do PCdoB. Se for do PT, Magela ou Rosilene e que destino terão Leandro e Jango Filho. Já há por parte dos simpatizantes de Rosilene um esforço de tentar convencer Leandro a fica na vice-governadoria. Já os articuladores de Magela sonham com uma coligação com a Federação Psol-Rede. Acreditam que assim se ampliaria o espectro de votantes, bem como o tempo de TV. Só que o Psol já lançou a pré-candidata Keka Bagno.
Muita coisa ainda pra se resolver. No dia 2 de abril termina o prazo de mudanças partidárias, mas as federações terão até 31 de maio e as candidaturas até 15 de agosto para se formalizarem. Até lá muita conversa e negociações irão rolar.
FONTE: BOLG DO CHICO SANT’ANNA
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