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‘Dezembrite’: fim de ano pode desencadear crises sociais e transtornos; entenda

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Segundo pesquisa, há aumento de 75% nos índices de estresse dos brasileiros no último mês do ano. Fixações com passado ou idealizações com futuro são algumas das razões, diz especialista.

Natal no gelo do DF Plaza (foto de arquivo) — Foto: Foto: divulgação/ Los Prado

Natal no gelo do DF Plaza (foto de arquivo) — Foto: Foto: divulgação/ Los Prado

O fim de ano é popularmente conhecido por ser um período de festas, que inclui Natal, Ano Novo, confraternizações de trabalho, de amigos, entre outras. No entanto, mesmo sendo um tempo alegre, especialistas afirmam que o mês de dezembro pode desencadear crises sociais e transtornos, gerando um fenômeno conhecido como “dezembrite”.

De acordo com uma pesquisa da International Stress Management Association (ISMA), há um aumento de, em média, 75% nos índices de estresse dos brasileiros no mês de dezembro.

Segundo a psicóloga Andrea Chaves, as celebrações de fim de ano têm um impacto expressivo no que diz respeito à geração de estresse, ansiedade e outras questões associadas à saúde emocional, porque, somadas aos sentimentos positivos, também estão as grandes preocupações, expectativas e pressões sociais.

A “dezembrite” faz parte de uma cultura que encara o final do ano como um fim do mundo, dentro das visões de ciclo e renovação de projetos de cada um. Segundo a especialista, ela é decorrente de fixações com o passado ou idealizações com o futuro, evitando que se viva e se desfrute o tempo presente, porque há sempre uma preocupação, seja no âmbito pessoal, profissional, familiar, financeiro ou outros.

“O final do ano é aquele tempo em que as pessoas começam a refletir sobre o que fizeram, o que não fizeram, veem propagandas sobre mesas fartas, presentes.. Dessa forma, todas as pessoas que se consideram fora dessa órbita funcional ou desse modelo de funcionamento acabam se sentindo rejeitadas”, explica Andrea.

Segundo a psicóloga, é natural do ser humano o anseio por encaixe e aceitação social, o que gera a busca constante pelos padrões de fim de ano, sejam eles realizar uma ceia de Natal como as mostradas em comerciais televisivos, decorar a casa com a temática, comprar presentes para todos os entes e amigos queridos. Até mesmo uma roupa da moda pode gerar o sentimento de ansiedade, esgotamento e, muitas vezes, incapacidade e frustração, quando as expectativas não são supridas.

O fenômeno da “dezembrite” nasceu neste contexto, que relaciona a movimentação coletiva desse período com as a sensação de insatisfação individual.

De acordo com Andrea, não se trata de uma epidemia ou uma patologia, mas a “Síndrome de Fim de Ano”, como também é conhecida, não deve ser banalizada e merece uma atenção especial para que não afete o bem-estar psicológico a ponto de se tornar ou piorar uma doença crônica pré-existente.

Ceia de Natal e Ano Novo (foto de arquivo) — Foto: Divulgação

Ceia de Natal e Ano Novo (foto de arquivo) — Foto: Divulgação

Como evitar a “dezembrite”

Para a psicóloga Andrea Chaves, a gratidão é um dos passos para evitar esse tipo de sentimento. “Seja grato pelos sins e pelos nãos que receber e entenda que tudo aquilo que nós somos, como também, o que não somos, faz parte da nossa essência”, afirma.

egundo a especialista, outro ponto é dar atenção ao corpo, verificando respiração, alterações do sono, tentando dormir bem durante a noite, além de realizar atividades físicas no começo do dia. “São pontos que ajudam as pessoas a controlarem as suas emoções em momentos como esse”, ressalta Andrea.

“Todos merecem uma atenção especial, com auxílio profissional adequado para que se alcance o autoconhecimento e os meios para lidar com o meio interno e o externo”, diz a profissional.

Andrea afirma que uma alternativa para ajudar a firmar o compromisso com a própria sanidade é o foco em rotinas de cuidado como:

  • terapia
  • exercícios físicos
  • cuidados estéticos
  • práticas de fés e crenças
  • tempo de qualidade com pessoas especiais

 

“Todos estes fatores servem como uma engrenagem para fazer a máquina do bem-estar funcionar e garantir uma saúde física e mental equilibrada. O autocuidado feito ao longo do ano ameniza os impactos ao final dele”, afirma Andrea Chaves.

Fonte: G1

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