Duas novas exposições gratuitas no Museu Nacional da República
No mezanino, uma exposição de pinturas, desenhos, esculturas e objetos que se misturam, contaminam-se e propõem uma percepção profana da arte. Na galeria principal, uma mostra de fotos inéditas de expedição ao Alto Xingu, em 1957, de interesse histórico e etnográfico. Essas são as atrações que o Museu Nacional da República (MUN) seguem até 22 de maio.
Envenenada: profanações e poliformismo tonais é a primeira mostra, no Museu Nacional, da jovem artista Raquel Nava, formada em artes visuais e mestre em poéticas contemporâneas na Universidade de Brasília (UnB). Já Xingu 57: viagem ao Brasil Central reúne registros fotográficos feitos pelo entomólogo mineiro Domiciano Dias.
Memórias do Xingu
A exposição Xingu 57: viagem ao Brasil Central reúne imagens feitas pelo biólogo Domiciano Dias, 93 anos, que acompanhou expedição do sertanista Orlando Villas-Bôas (1914-2002) ao Alto Xingu em 1957, no Mato Grosso. Eles seguiram os cursos dos rios Xingu e Liberdade, atingindo a região onde hoje é o Parque Indígena.
A coleção é composta por mais de 100 imagens em preto e branco e algumas em cores, fruto de negativos descobertos pelo neto de Domiciano, Oto Reifschneider. Bacharel em história, mestre em sociologia e doutor em ciência da informação pela UnB, ele percebeu o achado como documentos de valor histórico e etnográfico. É também dono de uma galeria de arte e faz curadorias há mais de dez anos.
As fotos registram os bastidores de um período em que os irmãos Orlando e Cláudio Villas-Bôas (1916-1998) angariavam apoio para criação do Parque Indígena. Isso acabou ocorrendo em 1961, com delimitação de área de 26.420 km², uma das mais importantes do mundo. O projeto é de Darcy Ribeiro, quando o antropólogo era funcionário do Serviço de Proteção aos Índios, órgão precursor da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Em relato de Domiciano, documentado pelo neto, o biólogo fala da empreitada: “Havia apenas o silêncio, os rastros dos animais nos barrancos de areia, os índios. Era ainda um território selvagem, você se perdia. Foram semanas de caça, de travessias por nuvens infernais de borrachudos, semanas na selva”.
Na exposição, as pessoas poderão ver imagens dos deslocamentos da equipe de sertanistas na selva e de indígenas das etnias Xavante, Mehinako, Kuikuro, Aweti, Txucarramãe, Juruna e Yawalapiti.
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