Comércio aposta no amor para turbinar vendas para o Dia dos Namorados
O setor produtivo da capital federal começou o ano otimista com a reabertura plena do comércio e, a cada data comemorativa, vem se recuperando dos prejuízos causados pela pandemia. Para o Dia dos Namorados — 12 de junho — não será diferente. A estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) é de que, em 2022, registre-se um aumento de 24,4% nas vendas se comparado com o ano passado, quando a retomada econômica caminhava a passos lentos.
Um levantamento feito pela Fecomércio detectou um salto na expectativa positiva dos lojistas de 30% para 70%. Além disso, a pesquisa aponta que o valor médio gasto pelos consumidores deve aumentar cerca de 84,56%, passando de R$ 114,45 (2021) para R$ 211,23 (2022). Os dados mostram também que os homens pretendem gastar cerca de 14,83% a mais que as mulheres. Enquanto eles desembolsam cerca de R$ 223,55, o público feminino deve gastar R$ 194,68.
Segundo o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, o cenário atual é bem mais favorável do que o apresentado no mesmo período de 2021. “A expectativa é boa, pois essas datas comemorativas vêm mostrando a recuperação da economia, mesmo que de forma lenta. Os números positivos sempre geram um crescimento da economia e novos empregos”, explica. De acordo com Freire, como os brasileiros sempre deixam para fazer as compras de última hora,a previsão é que, mesmo com o aquecimento do comércio nos dois sábados que antecedem o Dia dos Namorados, as melhores vendas acontecerão nos dias 10 e 11 de junho.
O presidente do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares do DF (Sindhobar), Jael Antônio da Silva, acredita que esse ano será diferente devido a flexibilização das medidas restritivas e confiança das pessoas em saírem de casa. “A partir do momento que as coisas estão começando a voltar a normalidade e as pessoas estão se sentindo mais seguras, já que a maioria está vacinada, a estimativa é que nosso segmento tenha esse aumento em relação ao ano passado, que as coisas já estavam voltando a funcionar, mas com algumas restrições”, observa.
Silva acrescenta que o momento é de muita expectativa para ambos os lados, comerciantes e consumidores, uma vez que todos sentiram o peso nos últimos dois anos. “Finalmente as pessoas vão poder sair para comemorar e os estabelecimentos vão poder receber e servir com plenitude”, acrescenta. No entanto, apesar do otimismo, donos de estabelecimentos têm enfrentado crise e absorvido a alta dos preços de insumos para não assustar os clientes. “A inflação está muito alta e vem preocupando o setor. Ainda estamos absorvendo o impacto, mas o reajuste deve vir depois do Dia dos Namorados.”
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