Ao CB.Poder, o presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas, José César da Cost, falou sobre o Dia Livre de Impostos, criticou o aumento do IOF e disse que o consumidor será impactado
O impacto da carga tributária brasileira sobre os comerciantes, bem como a iniciativa Dia Livre de Impostos — iniciativa da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), que oferece produtos e serviços com preços livres de tributos —, foram temas debatidos nesta quarta-feira (29/5) no CB.Poder — parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília. Aos jornalistas Sibele Negromonte e Roberto Fonseca, o presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), José César da Costa, falou sobre a importância dessa campanha para os consumidores.
O dia livre de impostos completa 18 anos hoje. Qual a importância desse dia para o comércio e para os consumidores?
Essa é uma iniciativa criada em Minas Gerais, para protestar contra a alta carga tributária do Brasil. Implementamos, primeiro, em um posto de gasolina, foi um sucesso absoluto, havia filas quilométricas para abastecer nesse posto. (A campanha) sempre é feita no fim do mês de maio, porque, nesse momento, passaram-se cinco meses em que o brasileiro trabalhou somente para pagar impostos. Essa campanha é importante para o consumidor entender qual a diferença do preço de custo e o que ele paga de imposto.
Como funciona para uma empresa participar da campanha?
Cada loja escolhe algum produto que quer vender com preços sem impostos. Então, podemos ter calçados e vestuários. As empresas que estão aderindo ao programa podem entrar no site da Confederação e selecionar os produtos para vender sem imposto. Temos impostos que variam de 20%, 30% até 80% em alguns produtos que podem ser reduzidos nesse dia.
Recentemente, foi anunciado um aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que repercutiu muito no setor produtivo. Como a CNDL enxerga essa mudança?
Como todo imposto, o IOF incomoda muito os varejistas. O principal motivo desse incômodo é o repasse que tem que ser feito para o consumidor. Quando um empresário se depara com toda essa carga tributária, ele precisa proteger a empresa. Então, ele repassa esse custo para a população, que, por mais simples que seja, está sujeita a esse repasse de custos para os produtos que ela vai adquirir no dia a dia. Por isso, queremos que o governo reflita sobre a carga tributária. Estamos articulando com todas as entidades nacionais de livre adesão e iremos apresentar as nossa sugestões em breve ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. O que queremos, hoje, é que nos deixem trabalhar, que recebamos condições de trabalhar de forma livre para que possamos produzir sem a ajuda do governo.
Uma das atividades do dia a dia do empresariado que deve ser atingida pelo aumento do IOF é o risco sacado, que é, basicamente, a antecipação dos recebíveis que, antes, não tinha imposto e passará a ter. Isso pode gerar uma dificuldade de fluxo de caixa das empresas?
Você colocou uma questão importante, que é o acesso ao crédito, mesmo com as parcerias. Recentemente, a CNDL e as outras entidades também, fecharam com a Caixa Eonômica Federal, oferecendo juros menores do que os de mercado. Na época de juros altos, isso tudo ajuda, articula, mas essa conta tem que ser paga, não tem jeito. Nós temos que buscar como cumprir esses compromissos assumidos junto ao governo, junto aos bancos. Então, não existe uma receita simples para resolver o nosso problema. Nós temos que, realmente, reduzir custos, reduzir despesas. E o maior problema do comércio, hoje, do varejo, é o comércio on-line. Ele afeta diretamente cada varejista, porque ele (on-line) têm condições melhores, cresceu muito, entrega de forma rápida, com segurança, com garantia. Para o consumidor é bom, mas, para nós, é uma dificuldade muito grande. Então, nós estamos trabalhando no sentido de também levar esse pequeno microempresário a entender e conhecer essa forma nova de vender e sobreviver.
Como o senhor avalia o cenário da inadimplência? Um novo programa Desenrola vai ser necessário?
Se é necessário, eu não sei. Eu sou contra o Desenrola. A solução não é tirar, a solução é resolver o problema daquela pessoa. Essa pessoa que sai (da dívida) do banco, do SPC ou do Serasa, naturalmente vai voltar para a inadimplência. Ela vai precisar novamente de recursos e vai usar aquele crédito e se endividar novamente.
A CNDL recebeu uma sede própria após 65 anos. Como foi essa conquista para vocês?
Algumas CDLs possuíam sede própria, mas a CNDL, não. Tivemos a felicidade de conseguir um local amplo, e fizemos um grande evento, inclusive, com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, com muitos parlamentares e ministros, onde recebemos representatividade e liderança de todos os 27 estados.
*Estagiário sob a supervisão de Malcia Afonso
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