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Ministério Público do DF denuncia delegado da PF por corrupção

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O Ministério Público Federal no DF (MPF-DF) denunciou cinco pessoas investigadas no âmbito da Operação Pardal pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e concussão. Deflagrada em abril de 2015, a ação desarticulou uma quadrilha especializada que atuava no comércio irregular de armas de fogo na capital federal. Entre os denunciados está o delegado David Sérvulo Campos, da Polícia Federal no DF.

De acordo com as investigações, o então chefe da Delegacia de Controle de Armas e Produtos Químicos (Deleaq) cobrava vantagens indevidas como contrapartida para a liberação de aquisição e registro de armas de fogo.

Além do delegado, foram denunciados os despachantes Gilson Soares Rocha e Gisele Souza Torres, além do empresário Sérgio Eustáquio Lara Domingues e do delegado aposentado da PF-DF Daniel Gomes Sampaio. As apurações iniciadas pela corporação revelaram a cobrança de comissão de 10% do valor da arma, além de uma “taxa” extra que chegava a R$ 300 por autorização.

Segundo a denúncia, a propina era paga em espécie e os valores entregues no Parque da Cidade ou no estacionamento da Superintendência Regional da DPF, em Brasília. O MPF afirma que a contrapartida pela atuação funcional criminosa incluía ainda “favores”, como o pagamento de contas pessoais e indicações para que políticos contratassem os serviços de uma locadora de veículos Omega, da qual David Sérvulo é sócio.

Entre as provas reunidas pelo Ministério Público estão depoimentos de servidores da PF e de comerciantes que foram procurados pelos envolvidos, além do interrogatório deles. De acordo com a denúncia, os relatos confirmaram as suspeitas de que o delegado ignorou normas que regulamentam o processo de autorização e registro de armas de fogo.

Uma das servidoras da Deleaq afirmou em seu depoimento que, ao assumir a chefia do setor, David Sérvulo mudou o procedimento padrão e determinou que o registro fosse feito antes mesmo do parecer e deferimento. Relatou ainda que os processos em que havia despachante atuando eram colocados em pasta separada e que estes — principalmente os apresentados por Gilson — eram atendidos de forma mais rápida.

 

Com informações do portal Metrópoles.

 

 

Jornalista

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