A pinguela de Bolsonaro envergonha os brasileiros
Por Jeová Rodrigues
Em sua primeira visita a uma terra indígena, o presidente Jair Bolsonaro esteve na cidade de São Gabriel da Cachoeira (AM) para inaugurar uma ponte de madeira de 18 metros de comprimento e sete de largura na BR-307, que liga o município a comunidades Yanomami em Maturacá, uma das que mais sofrem com a mineração ilegal na região.
A pinguela inaugurada – porque 18 metros não é nenhuma obra de grande engenharia que necessite da presença, em cerimônia, do presidente da República – pelo presidente Jair Bolsonaro, já estava sendo usada há mais de dois meses. Podemos afirmar, com isso, sem dúvida de errar, que esta obra foi também a menor obra entregue por um presidente da República no estado.
Eu penso que o Bolsonaro assumiu a presidência sem a menor noção, só para mentir, falar asneiras e arrumar confusão, mas trabalhar mesmo que bom, nada! Até agora nada foi feito. Não há projeto, programas, nada que possa relacionar a obra com o presidente. Isso é uma vergonha, pois ele foi eleito justamente para realizar obras, lançar programas e coordenar os rumos do país, que, no momento, se encontra estagnado.
A ponte de madeira, na BR-307, tem um detalhe: apenas 19 militares do Exército trabalharam na obra, segundo a Força.
Uma pinguela para o Futuro?
40 homens se deslocaram por 3.000 km para reinaugurar uma pinguela inaugurada há dois meses. Feita de madeira, para facilitar o escoamento dos garimpeiros ilegal, agronegócio, de pecuaristas e grileiros, que, neste governo, estão todos juntos para matar índios e transformar a Amazônia em capoeira.
A grilagem de terra é assustadora e causa pânico até mesmo nos organismos internacionais. Os brasileiros estão sendo assaltados. Tanto que a grandiosa pinguela está ao lado de reservas de nióbio, ouro, prata e outras pedras preciosas. Enfim, tudo muito bem planejado, para que o roubo ocorra dentro dos parâmetros da lei e, pior, apoiado pelo governo.
Mas olhando por outro lado, vocês lembram-se de numa em reunião que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que era para aproveitar a pandemia e indo “abrindo as porteiras”, para “passar a boiada”? Pois, bem, o momento é este.
A fome foi tanta que recentemente o ministro foi pego alvo de operação da Polícia Federal que investiga a venda ilegal de madeira para fora do país.
Já o presidente gostou tanto da ideia do ministro Salles que adiantou e foi abrindo trilhas, mata burro, e a maior obra do seu governo juntou se com seis militares lotados no Palácio do Planalto com altos rendimentos, foi de construir uma pinguela para chamar de sua.
Esse é o verdadeiro desgoverno do Bolsonaro, a destruição geral. Salve-se quem puder!
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