‘Estamos imbuídos de trazer o melhor para a cidade’, garante administrador de Ceilândia, Dilson Resende
Nossa reportagem entrevistou o administrador de Ceilândia, Dilson Resende, para saber como anda os projetos do governo para a maior cidade do Distrito Federal. Dilson, que está à frente da regional desde dezembro do ano passado, começou suas respostas ressaltando as obras de recapeamento asfáltico que está sendo feito em diversos setores da cidade, em parceria com a Novacap.
De acordo com a administrador, as intervenções são importantes porque as equipes da Novacap conseguem pavimentar áreas bem maiores se comparado com as equipe da própria administração. Ele explica que devido a maquinário especializado, enquanto as equipes da administração conseguem pavimentar 7 km de asfalto, a Novacap chega a 14, 15 km.
“É uma ação de tapa-buracos e ocorre por setores. São duas empresas contratadas pela Novacap e vamos ter mais uma equipe. Sabemos que não vamos conseguir resolver isso a tempo, pois são problemas que se arrastam há décadas, mas nós já conseguimos chegar a uma boa quantidade realizada”, explica Dilson.
Ele ressaltou ainda que na próxima semana começa o mutirão da limpeza de boca de lobo para preparar as vias para o período das chuvas que devem se iniciar já a partir de setembro. “Vamos passar por todas vias principais da cidade. E também faremos a recuperação de rede de drenagem para que a gente entre no período das chuvas com mais tranquilidade para a nossa comunidade”, disse.
Indagado sobre a possibilidade de haver troca de toda malha asfáltica das ruas e principais vias de Ceilândia, Dilson é realista. “Infelizmente não existe recurso para fazer a troca do asfalto. É uma infraestrutura muito cara. (Atualmente) o asfalto está em torno de R$ 1,5 milhão o quilometro. Então, a gente tá fazendo o que é possível e com boa qualidade”, afirmou.
Parque do Setor O
Na semana passada a Administração Regional realizou audiência pública para ouvir a população sobre a regularização do Parque do Setor O. Ao falar sobre o evento, que ocorreu via internet, o administrador lembra que o parque estava com o processo travado em razão de lotes institucionais e residências que interferiam com a demarcação da área.
Porém, segundo Dilson, no final do ano passado o governo conseguiu fechar o Plano de Ocupação da área onde fica o parque e esse foi aprovado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do DF (Seduh-DF).
“Ficou esclarecido (na audiência) que um parque urbano ele tem questões técnicas que têm que ser respeitadas. Por exemplo, permeabilidade, você tem que respeitar 70% de permeabilidade. Não é um parque grande, é um parque relativamente pequeno, até aquém daquilo que a cidade mereceria. Então, cada obra que a gente faz que permeabiliza, precisa ser contabilizada para que chegue ao máximo de 30% para respeitar os 70% de permeabilidade”, explica o administrador.
Agora, segundo ele, o projeto vai passar pelo Conselho de Planejamento Urbano da cidade e, sendo aprovado, o governador edita um decreto criando o parque oficialmente. “Aí já poderemos fazer investimentos para poder concretizar todo o projeto desse parque que realmente vai trazer um qualidade de vida para os moradores de Ceilândia”, afirma Dilson.
Campos Sintéticos
Quem passar pelo maior campo sintético de Ceilândia, o que fica localizado na Praça dos Eucaliptos, vai perceber que não está havendo jogos. O motivo, conforme explicou o administrador, é que todo gramado sintético do campo renovado. O mesmo ocorre também no campo da QNM 10.
“Existem reformas que são mais pontuais, de gramado danificado para ser substituído, ou reformas como as que estão acontecendo que é a substituição total do gramado”, diz.
Segundo o administrador, Ceilândia tem 17 campos sintéticos e que para reformar todos, seria preciso também apoio dos parlamentares do DF por meio de suas emendas.
Creche
No primeiro semestre deste ano, o TaguaCei fez uma reportagem (que pode ser lida aqui) onde falávamos sobre a demanda dos moradores da Expansão do Setor O pela construção de uma creche na região. Agora, recentemente, o próprio governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), deu aval para a construção de duas creches na região, sendo uma na a QNO 18 e na QNP 11.
“Creche é uma necessidade muito grande porque temos as mães que têm que trabalhar, que têm que buscar os sustento da família também, e não têm onde deixar suas crianças. Porque se nós não investirmos em educação, nosso país não vai a lugar nenhum”, diz Dilson.
O administrador ressaltou ainda que o governador garantiu estudar a viabilidade de implantar unidades de creches no P Norte e na QNR.
Segurança
Mesmo não sendo de sua alçada, o administrador falou sobre a situação da segurança pública em Ceilândia e disse que as forças de segurança têm trabalhado no sentido de manter a tranquilidade entre a população. Porém, ele reconheceu que alguns problemas, como a população em situação de rua, precisam ser rapidamente corrigidos por meio de ações públicas que saibam lidar com uma situação que ele classificou com “complexa”.
“É uma questão muito sensível e não é só de Ceilândia e do país. Este governo e esta administração nunca fizeram abordagens truculentas, ou fora da questão técnicas de abordagem. Estamos aguardando essas decisões (judiciais), porque não são só os moradores de rua, temos que sabe separar o que é ilícito do que é lícito nas vias públicas”, explica.
Uma das alternativas que a regional tem trabalhado para tentar diminuir possíveis situações de insegurança em vias públicas, é a instalação de lâmpadas de LED. De acordo com Dilson, a proposta do governo é colocar LED em todas as vias de Ceilândia até 2026;
Governo
Por fim, o administrador de Ceilândia falou que seu gabinete continua aberto à população e que o atual governo tem tido uma atenção especial por Ceilândia. Segundo Dilson, sua missão é apenas uma: “trazer o melhor para a cidade”.
“O governo, o nosso governador Ibaneis, ele tem dito e reafirmado que tem por Ceilândia um carinho especial. A gente está sentido isso. No momento de tantas dificuldades, Ceilândia tem sido prestigiada. Buscamos realmente atender todas demandas, mas, infelizmente, não daremos conta de atender todas este ano. Mas ainda temos um tempo pela frente para poder buscar a cada ano melhor”, disse. “Se nós terminarmos a cada ano melhor do que começamos nós já estamos cumprindo a nossa função, a nossa missão, e estamos trazendo para a cidade as melhorias que a cidade precisa.”
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