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PCDF faz operação para investigar coação e ameaça a preso da Trickster

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Segundo a Polícia Civil, as investigações apontaram que, no dia 19 de março deste ano, quatro dias após a primeira fase da Trickster, um dos investigados na Operação que estava preso temporariamente recebeu a visita do advogado Rodrigo Duque Dutra na carceragem do Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP) da PCDF. Ele teria sido coagido pelo defensor. Em tom de ameaça, Duque teria dito para o suspeito ficar calado e não delatar o esquema criminoso ao qual fazia parte.Após as investigações, a PCDF verificou que o advogado compareceu à carceragem a pedido do auxiliar administrativo Renato Itajahy Malcotti, ligado à Secretaria de Planejamento. Malcotti tem relação com o ex-auditor fiscal de atividades urbanas do DFTRans Pedro Jorge Oliveira Brasil, um dos alvos da primeira fase da Trickster, deflagrada em março.

Nesta operação, tanto o advogado quanto o servidor estão sendo investigados pelo crime de coação no curso do processo. As medidas estão sendo cumpridas nas casas dos suspeitos, no escritório de advocacia no Setor Comercial Norte e em outro de trabalho.

Esquema bilionário
Segundo a PCDF, o esquema de fraude no sistema de bilhetagem funcionava desde 2014. As fraudes ocorriam por meio da compra de créditos fraudulentos, destinados a empresas de chamada e funcionários fantasmas. As irregularidades podem ter causado prejuízo superior a R$ 1 bilhão aos cofres públicos.

Pedro Jorge Brasil, que era lotado desde 2014 na Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Controle (Sufisa), da Secretaria de Mobilidade, seria o líder do esquema. Segundo os investigadores, ele utilizava-se do cargo para vincular falsos funcionários ao recebimento de vale-transporte. Outros servidores do DFTrans o ajudavam a alimentar o sistema com as informações.

De acordo com a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o grupo liderado por Pedro Jorge inseriu dados falsos de 903 pessoas no sistema. Foram criadas 10 empresas fictícias com o objetivo de simular vínculo para geração de créditos de vale-transporte a fim de adquirir vantagens econômicas indevidas.

Em março deste ano, um ano após a primeira fase da Trickster, cinco pessoas foram denunciadas pelo MP, entre elas, Pedro Jorge. Elas responderão por organização criminosa e crime de inserção de dados falsos em sistema de informações. Promotores também pedem reparação mínima de mais de R$ 2,3 milhões pelos danos causados pela prática criminosa.

A operação foi batizada de Trickster, em referência à forma de agir do grupo criminoso, uma vez que na mitologia e no estudo do folclore e da religião, um trickster é um Deus, Deusa, espírito, homem, mulher ou animal antropomórfico que prega peças ou desobedece regras e normas de comportamento.

Aguarde mais informações
Fonte: Mirelle Pinheiro

Jornalista

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