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Um dia de diversidade e luta: Parada LGBTI de Taguatinga leva 10 mil às ruas da cidade

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A 12ª Parada LGBTI de Taguatinga levou mais de 10 mil pessoas às ruas da cidade, na tarde de ontem, para comemorar a diversidade e lutar por visibilidade. Com o tema “Juntos formaremos um arco-íris”, o evento propôs discussões sobre a decisão da Justiça, que permitiu a psicólogos oferecer tratamento para reversão da homossexualidade, ao contrário do que prevê a Resolução 001/199, do Conselho Federal de Psicologia.

O evento começou às 13h na Praça do Relógio e caminhou pelas ruas de Taguatinga passando por comerciais e áreas residenciais, arrastando todo mundo, em um espetáculo com muita cor e performances de artistas da cidade no trio elétrico.

“Nosso objetivo é colocar a visibilidade LGBTI na rua”, afirma o coordenador-geral da Parada, Michel Platini. O termo LGBTI tenta englobar a comunidade que busca a diversidade sexual: lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais, travestis e interssexuais – pessoas que se identificam às vezes como homem, outras como mulheres ou com nenhum dos dois.

Busca da unidade

Com um tema que busca a união entre os LGBTIs, a parada teve discursos contra a decisão da Justiça que teria permitido o tratamento de homossexuais, divulgada semana passada e que foi tema de muitas discussões. Platini afirma que a Parada de Taguatinga não poderia ficar de fora deste contexto já que é o ato é uma forma de luta.

A edição contou com a participação de um grupo de psicólogos contrário à decisão judicial e à possível busca de liberação para tratamento de pessoas que quiram deixar a homossexualidade de lado. O coordenador da Comissão Especial LGBT do Conselho Regional de Psicologia do DF (CRP 01/DF), Thiago Magalhães, estava presente e garantiu que os Conselhos Regional e Federal de Psicologia tinham a mesmo posição: contra qualquer possibilidade de considerar o homossexual como alguém que precisa de tratamento.

“Não há estudo científico ou empírico que considere essa necessidade. Somos contra essa decisão”, diz Magalhães ao lembrar que é necessário lutar para que a visibilidade da pessoa trans seja modificada e que até mesmo a visão social e científica para de considerar a transsexualidade um transtorno.

A PM não identificou nenhuma ocorrência ou transtorno à ordem pública durante o evento que teria reunido mais de 10 mil pessoas. Segundo a organização, foram cerca de 35 mil pessoas que estiveram desde a concentração.

Jornalista

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